Com o valor da saca de soja três vez maior em relação ao milho, muitos produtores do Paraná estão priorizando a comercialização da oleaginosa e segurando a do milho. Essa atitude tem reduzido a oferta de milho e, consequentemente, pode ter influenciado no aumento no preço do grão, segundo avalia Alcir Chiari, gerente de comercialização da Integrada Cooperativa Agroindustrial.
O especialista completa que, devido à baixa oferta, quem precisa de milho, principalmente as indústrias de ração animal, tem que pagar mais caro. “Com o término da colheita da soja, que já está na fase final, o produtor deverá focar na colheita do milho verão”, completa. Chiari explica que o milho pode ser colhido mais tarde porque pode permanecer por mais tempo em campo.
Com a retirada do milho verão do campo, associada à colheita do grão na Argentina, Chiari aponta que essas ações podem influenciar nos preços da commodity. Além disso, outro fator que pode mudar totalmente a atual situação do mercado de milho são os primeiros resultados da safra americana, que ocorrem entre os meses de julho e agosto. Porém, já no final de março, Chiari revela que os Estados Unidos já divulgam as primeiras intenções de safra, o que pode refletir no mercado.
O gerente de comercialização da Integrada enfatiza que os preços do cereal ainda deverão sofrer oscilações, mas devem continuar firmes.
Produção
Segundo estimativa do Deral, a área plantada de milho segunda safra no Estado caiu 12%, passando de 2,15 milhões de hectares na safra 2012/13 para 1,91 milhão no ciclo 2013/14. Em produção, a previsão de redução é de 2%. No período 2012/13 o Paraná produziu 10,19 milhões de toneladas de milho e 10,01 milhões de toneladas estão estimadas para a safra 2013/14.
Fonte: Agrolink
