Soja ganha força em fevereiro e saldo comercial soma US$ 3.6 bilhões

A Balança Comercial registrou superávit de US$ 2 bilhões na quarta semana de fevereiro, decorrente de exportações de US$ 5.1 bilhões e importações de US$ 3.1 bilhões. Nas quatro primeiras semanas do mês, o saldo positivo totaliza US$ 3.591 bilhões e no ano, US$ 5.784 bilhões. A informação é da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.

No acumulado do mês, a média diária de exportações (US$ 861.5 milhões) caiu 10,9% puxada por produtos manufaturados e semimanufaturados. No primeiro grupo, os embarques caíram 22,9% para US$ 339.1 milhões por dia. Entre os semimanufaturados, a redução foi de 14,2% para US$ 107.5 milhões.

As vendas de produtos básicos, em contrapartida, aumentaram 9,4% para US$ 414.9 milhões, puxadas por soja em grão, milho em grão, minério de ferro, algodão em bruto, café cru em grão.

A média de importações também caiu 20,4% até a quarta semana de fevereiro, para US$ 637.1 milhões. Nesse comparativo, caíram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (- 26,1%), equipamentos elétricos e eletrônicos (- 13,2%), veículos automóveis e partes (- 19,3%), equipamentos mecânicos (- 8,7%), químicos orgânicos e inorgânicos (- 7,7%).

Um dos destaques do mês até o momento é a venda de soja para o exterior, apesar de uma redução nas tensões da disputa comercial entre Estados Unidos e China. As exportações de soja somaram US$ 1.6 bilhão nas quatro primeiras semanas deste mês, com aumento de 68% na comparação com a média diária de fevereiro do ano passado. O preço, porém, apresenta queda de 5,1% nessa mesma comparação.

Em relação a janeiro, a alta em valores foi ainda mais expressiva, de 174%. Com isso, até este momento, a soja, cuja colheita está em um ritmo mais acelerado que no ano passado, lidera as exportações brasileiras no mês, após ter ficado em quarto lugar em janeiro, atrás de petróleo, minério de ferro e celulose.

Os dados do governo divulgados até este momento não descrevem para quais países o Brasil exportou os produtos em fevereiro, mas nos últimos anos, especialmente em 2018, com a disputa comercial com o governo de Donald Trump, a China se tornou o principal destino da soja brasileira.

A expectativa, porém, é de que o apetite chinês pela soja do Brasil não seja tão intenso neste ano. Um dos motivos passa pela expectativa de menor crescimento da segunda maior economia global. Mas o principal é o avanço nas negociações comerciais entre Pequim e Washington, já que os Estados Unidos são o segundo principal exportador da oleaginosa para o país asiático.

 

Valor Econômico

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