Soja fechou em alta com o mercado focado nas condições climáticas dos EUA e com suporte do óleo

Foto: Vecteezy.com

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 6,50 a 7 centavos, com o novembro/23 cotado a US$ 13,30 (+ 0,49%) e o janeiro/24 a US$ 13,40¾ (+ 0,52%) o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ US$ 1,90 a US$ 4,90, com o setembro cotado a US$ 399,60 (- 1,21%) e o dezembro a US$ 380,70 (- 0,50%), a tonelada curta. O setembro na mínima do dia (US$ 397,20), registrou a menor cotação desde 10 de julho e o dezembro na mínima do dia (US$ 379,00), registrou a menor cotação desde 29 de junho. O setembro e o dezembro registram nas últimas cinco sessões uma queda de 3,71% e 3,30%, respectivamente.

O óleo de soja fechou em alta pela quarta sessão consecutiva, com o dezembro registrando um ganho de 1,54%. Na máxima do dia (64,18), o dezembro registrou a maior cotação desde 26 de julho. O dezembro registra nas últimas cinco sessões uma alta de 5,46%.

A soja voltou a fechar em alta, porém tímida, nesta quinta-feira, com o suporte do óleo de soja.

O mercado de óleos vegetais está bastante sustentado, com ganhos sendo registrados também em outros além do de soja, como o de palma e do girassol. E não só nos EUA, mas também em outras origens.

Os traders também permanecem atentos as condições climáticas nos Estados Unidos, em especial a uma onda de calor prevista para os próximos sete dias, como indica a Agrinvest Commodities. O mês de agosto é determinante para a conclusão da safra norte-americana e, por isso, o tempo no Corn Belt ainda tem papel importante no comportamento das cotações.

USDA – Relatório Semanal de Vendas

Soja

Exportadores dos Estados Unidos venderam 93.600 toneladas de soja da safra 2022/23, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 10 de agosto. O volume representa uma queda de 77% em relação ao da semana anterior e de 42% em relação à média das quatro semanas anteriores.

Na semana, os principais compradores foram Holanda (200.800 toneladas), Indonésia (115.400 toneladas), Canadá (22.500 toneladas), China (21.000 toneladas) e Colômbia (3.600 toneladas) que compensaram os cancelamentos feitos por Destinos desconhecidos (144.900 toneladas), pelo México (78.400 toneladas), Japão (15.200 toneladas), pela Costa Rica (14.000 toneladas) e Malásia (11.600 toneladas).

Da safra 2023/24 foram vendidas 1.407.500 toneladas para China (940.000 toneladas), Destinos desconhecidos (258.000 toneladas), México (78.100 toneladas), Tunísia (30.000 toneladas) e Taiwan (20.300 toneladas).

O volume das vendas ficou acima das estimativas dos analistas, que esperavam vendas de até 1.400 milhões de toneladas.

Os embarques semanais do período totalizaram 434.200 toneladas, aumento de 14% em relação aos da semana anterior e de 48% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram Holanda (200.800 toneladas), Indonésia (124.900 toneladas), México (34.600 toneladas), Egito (33.000 toneladas) e Taiwan (6.700 toneladas).

Farelo

Exportadores dos Estados Unidos venderam 126.400 toneladas de farelo de soja da safra 2022/23, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 10 de agosto. O volume representa uma queda de 12% em relação ao da semana anterior e de 32% em relação à média as quatro semanas anteriores.

Os principais compradores foram Colômbia (45.000 toneladas), Irlanda (30.000 toneladas), México (21.300 toneladas), Marrocos (17.200 toneladas) e Canadá (12.100 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos por Destinos desconhecidos (26.000 toneladas) e Indonésia (10.000 toneladas).

Da safra 2023/24 foram vendidas 220.500 toneladas para o México (51.300 toneladas), Vietnã (42.000 toneladas), Filipinas (25.300 toneladas), Irlanda (20.000 toneladas) e Canadá (4.400 toneladas), que compensaram os cancelamentos feitos por Destinos desconhecidos (20.000 toneladas).

O volume das vendas ficou dentro das estimativas dos analistas, que variavam entre 150.000 e 450.000 toneladas.

Os embarques semanais totalizaram 192.100 toneladas, uma queda de 12% em relação aos da semana anterior e de 20% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram Filipinas (48.200 toneladas), Marrocos (31.200 toneladas), México (29.400 toneladas), República Dominicana (25.800 toneladas) e Colômbia (20.900 toneladas).

Ucrânia

A Ucrânia exportou na primeira quinzena de agosto 820.000 toneladas de grãos pelos seus portos no rio Danúbio, que atualmente é sua principal rota de exportação, informou a consultoria APK-Inform na noite de quarta-feira.

O APK-Inform não forneceu números comparativos.

A Ucrânia tradicionalmente exporta a maior parte de seus grãos usando portos de águas profundas do Mar Negro de Odesa e Mykolaiv, mas foi forçada a mudar para o Danúbio depois que a Rússia desistiu de um acordo de grãos do Mar Negro mediado pela ONU em meados de julho.

Denys Marchuk, vice-chefe do Conselho Agrário Ucraniano, a maior organização de agronegócio do país, disse à televisão nacional que os portos ucranianos do Danúbio podem exportar cerca de 2.5 milhões de toneladas de grãos por mês.

No entanto, as exportações via Danúbio podem ser afetadas pelos recentes ataques russos à infraestrutura portuária.

“O desafio mais importante é, claro, os ataques na infraestrutura portuária”, disse Marchuk.

“Por causa dos ataques, as exportações desaceleraram. Percebemos que os preços do frete subiram… alguns armadores estão se recusando a ir devido à situação perigosa”, disse.

Kiev disse na quarta-feira que um drone russo atingiu silos de grãos e armazéns danificados no porto fluvial de Reni, no Danúbio. No início deste mês, a Rússia atacou o porto de Izmail, no Danúbio.

O Primeiro Vice-Ministro da Fazenda da Ucrânia, Taras Vysotskiy, disse à emissora de televisão nacional que até 5.000 toneladas de grãos foram destruídas no ataque a Reni.

O Ministério da Agricultura informou esta semana que as exportações de grãos da Ucrânia totalizaram, até 16 de agosto, 3.3 milhões de toneladas na temporada de julho a junho de 2023/24.

Milho fechou em alta com o mercado focado nas condições climáticas dos EUA

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 3,50 a 4,25 centavos, com o setembro cotado a US$ 4,73 (+ 0,75%) e o dezembro a US$ 4,85¾ (+ 0,88%) o bushel. O setembro e o dezembro registram nas últimas cinco sessões uma queda de 2,12%.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa pela quinta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 7,75 a 8,25 centavos, com o setembro cotado a US$ 5,89½ (- 1,38%) e o dezembro/23 a US$ 6,15¼ (- 1,24%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 5,86¼), registrou nova mínima contratual e o dezembro na mínima do dia (US$ 6,12), registrou a menor cotação desde 31 de maio. O setembro e o dezembro registram nas últimas cinco sessões uma queda de 7,57% e 7,31%, respectivamente.

USDA – Relatório Semanal de Vendas

Milho

Exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 233.500 toneladas de milho da safra 2022/23, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 10 de agosto. O volume representa um aumento de 55% em relação ao da semana anterior e de 16% em relação à média das quatro semanas anteriores.

Na semana, os principais compradores foram Destinos desconhecidos (100.000 toneladas), México (81.600 toneladas), Colômbia (25.500 toneladas), Nicarágua (15.000 toneladas) e Honduras (7.800 toneladas), que compensaram cancelamentos feitos pelo Japão (2.100 toneladas), Guatemala (1.500 toneladas), Venezuela (900 toneladas), Coreia do Sul (700 toneladas) e Jamaica (100 toneladas).

Da safra 2023/24 foram vendidas 704.700 toneladas para o México (381.900 toneladas), China (70.000 toneladas), Japão (47.900 toneladas), Venezuela (42.100 toneladas) e Canadá (36.500 toneladas).

O volume das vendas ficou dentro das estimativas dos analistas, que variavam entre 100.000 e 1.1 milhão de toneladas.

Os embarques semanais do período totalizaram 444.800 toneladas, uma queda de 7% em relação aos da semana anterior e de 6% em relação à média das quatro semanas anteriores.

Os principais destinos foram México (234.500 toneladas), China (70.000 toneladas), Japão (47.900 toneladas) e Canadá (36.500 toneladas).

Trigo

Exportadores dos Estados Unidos reportaram vendas de 359.500 toneladas de trigo da safra 2023/24, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 10 de agosto.

O volume, representa uma queda de 37% em relação ao da semana anterior, mas um aumento de 3% em relação à média das quatro semanas anteriores.

Os principais compradores foram México (142.600 toneladas), Destinos desconhecidos (82.500 toneladas), Coreia do Sul (25.300 toneladas), Jamaica (22.000 toneladas) e Marrocos (20.000 toneladas), que compensaram o cancelamento feitos pelo Japão (17.600 toneladas).

O volume das vendas ficou dentro das estimativas dos analistas, que variavam entre 300.000 e 525.000 toneladas.

Os embarques semanais do período totalizaram 229.400 toneladas, uma queda de 35% em relação aos da semana anterior e de 38% em relação à média das quatro semanas anteriores. Os principais destinos foram Vietnã (41.200 toneladas), Coreia do Sul (31.400 toneladas), Equador (31.100 toneladas), México (27.800 toneladas) e Panamá (24.800 toneladas).

Argentina – Milho

Nesta quinta-feira (17), a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) divulgou o seu relatório da safra de milho da temporada 2022/23 na Argentina, indicando que a colheita avançou 9,30% em uma semana, atingindo 90,20% da área plantada.

A produtividade média ficou em torno de 50,3 sacas por hectare. Neste contexto, a BCBA manteve a estimativa de produção em 34 milhões de toneladas, cerca de 18 milhões de toneladas menos do que na safra anterior.

Relatório IGC – Safra Mundial

A produção global de grãos e cereais em 2023/24 deve registrar o segundo maior volume da história, segundo o Conselho Internacional de Grãos (IGC), de 2.294 bilhões de toneladas. Isso representa um aumento de 31 milhões de toneladas em comparação com ciclo 2022/23, embora esteja um pouco abaixo do recorde estabelecido em 2021/22 de 2.295 bilhões de toneladas.

A estimativa foi rebaixada em relação à anterior, feita em julho, que era de 2.297 bilhões de toneladas. A revisão se deu pela estimativa de uma menor colheita de cevada e aveia.

O Conselho Internacional de Grãos (IGC)) aumentou a sua estimativa para a produção global de milho 2023/24 em 1 milhão de toneladas, para 1.221 bilhão de toneladas.

Uma melhora na estimativa para a produção da Ucrânia compensou uma revisão negativa da produção da China.

A produção de milho da Ucrânia foi estimada em 27 milhões de toneladas, acima da anterior de 24 milhões de toneladas, mas ainda ligeiramente abaixo das 27.7 milhões de toneladas da temporada passada.

O país produziu 42.1 milhões de toneladas em 2021/22, mas a guerra com a Rússia provocou uma redução acentuada na área plantada e tornou exportações mais difíceis.

As exportações de milho da Ucrânia em 2023/24 totalizaram 18 milhões de toneladas, apesar da melhora nas perspectivas da safra, e permanecem bem abaixo das 29.2 milhões de toneladas exportadas na temporada anterior.

A decisão da Rússia de abandonar o acordo de transporte marítimo no Mar Negro e lançar ataques aéreos contra instalações de grãos ucranianas no Danúbio tornou cada vez mais difícil exportar grãos.

A produção de milho da China em 2023/24 foi reduzida de 279.4 milhões para 277.4 milhões de toneladas. As recentes inundações na Região Nordeste, importante produtora de grãos, aumentaram as preocupações sobre doenças e infestações.

A produção de trigo foi estimada em 784 milhões de toneladas; enquanto a de soja foi prevista em 398 milhões de toneladas e a de arroz em 523 milhões de toneladas.

O IGC também estimou um aumento de 2% no consumo de grãos e cereais, para 2.307 bilhões de toneladas, impulsionado por um aumento na demanda por ração.

Os estoques de passagem foram estimados em 584 milhões de toneladas, na comparação com as 597 milhões de toneladas no fim da safra anterior.

Por Equipe SNA
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