Os contratos futuros da soja fecharam em leve alta, em uma tentativa de recuperação da forte queda dos últimos pregões. Os principais vencimentos registraram ganhos de 0,25 a 0,50 centavos, exceto o novembro/18 que fechou cotado a US$ 9,10 ½, em baixa de 0,50 centavos. O julho/18 fechou cotado a US$ 8,89 ½ e o agosto/18 a US$ 8,94 ½ o bushel.
Os contratos futuros do farelo de soja voltaram a fechar em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 1,30 a US$ 3,00. O julho/18 fechou cotado a US$ 333,20 e o dezembro/18 a US$ 337,30 a tonelada curta.
A volatilidade, porém, continuou, uma vez que o mercado segue bastante especulativo e à espera de notícias que possam definir melhor o comportamento dos preços a partir dos últimos acontecimentos, especialmente do anúncio da intenção do presidente americano de aumentar a tarifação dos EUA sobre os produtos da China e a retaliação dos chineses na soja, entre outros produtos.
Ontem, os principais vencimentos registraram as menores cotações em quase 10 anos e agora buscam recuperar parte dessa queda, que chegou aos 50 centavos ao longo do dia de ontem.
“O mercado dos grãos está tomando fôlego depois da volatilidade extrema das últimas duas sessões. Faz três semanas que foram observadas máximas no contrato dezembro do milho e julho da soja”, disseram os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.
As quedas são um reflexo também das boas condições climáticas nos Estados Unidos, o que tem permitido um desenvolvimento bastante satisfatório das lavouras. Além disso, o mercado está atento também ao novo relatório de área do USDA que será divulgado no próximo dia 29.
“Quando observamos o gráfico do contra da soja julho, é clara a tendência de queda desde o início dos embates entre chineses e americanos. Alguns indicadores técnicos sugerem a possibilidade de reversão da direção dos preços. No entanto, a ARC lembra que nenhum fundamento ou fator técnico do mercado tem sido levado em consideração. No atual momento, a guerra comercial é o único sinalizador especulativo para os preços”, diz o boletim diário da AgResource Mercosul.
Frete
Após audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux nesta quarta-feira, representantes dos caminhoneiros e das empresas que contratam o transporte de cargas concordaram sobre um novo encontro na quinta-feira da próxima semana, em tentativa de um acordo sobre preços de frete “intermediários”, que deverão ser levados à corte.
A informação foi dada pelo próprio ministro Fux, a jornalistas, após a audiência.
Fux disse também que até a próxima reunião está mantida a decisão de suspender todos os processos e efeitos de liminares que questionem a tabela de fretes, considerada pelos contratantes de transporte como inconstitucional, por ferir regras do livre mercado.
“Se não chegarem a um consenso sobre esse preço intermediário, no dia 27 de agosto vamos realizar uma audiência pública com técnicos da área para municiar o Supremo para definitivamente julgar a causa”, disse Fux.
Milho
Os contratos futuros do milho, a exemplo dos da soja, fecharam em leve alta, em uma tentativa de recuperação da forte queda dos últimos pregões. Os principais vencimentos registraram ganhos de 0,25 a 0,50 centavos. O julho/18 fechou cotado a US$ 3,54 ¼ e o dezembro/18 a US$ 3,75 ¾ o bushel.
Os contratos futuros do trigo fecharam em alta, em uma tentativa de recuperação da forte queda dos últimos pregões. Os principais vencimentos registraram ganhos de 7,75 a 10,50 centavos. O julho/18 fechou cotado a US$ 4,88 ¼ e o setembro/18 a US$ 5,17 o bushel.
Etanol EUA
A produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 1.064 milhão de barris por dia na semana encerrada em 15 de junho, aumento de 1,04% em relação ao volume da semana anterior. Os números foram divulgados nesta quarta-feira pela Administração de Informação de Energia do país (EIA, na sigla em inglês).
Na mesma linha, os estoques do biocombustível caíram 2,70% na semana, para 21.6 milhões de barris.
Os números de produção de etanol nos Estados Unidos são um importante indicador da demanda interna por milho. No país, o biocombustível é fabricado principalmente com o cereal e a indústria local consome cerca de um terço da safra doméstica.