Soja fecha novamente em baixa

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 15,50 a 45,25 centavos, com o setembro/23 cotado a US$ 14,33 (- 1,41%) e o novembro/23 a US$ 13,82½ (- 1,11%) o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 9,30 a US$ 9,80, com o setembro cotado a US$ 433,60 (- 2,12%) e o dezembro a US$ 405,80 (- 2,36%), a tonelada curta.

O óleo de soja fechou em alta, exceto o agosto e o setembro, após três sessões consecutivas de baixa, com o dezembro registrando um ganho de 0,53%.

O mercado se manteve volátil e a soja voltou a cair na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (28). Assim como quando ocorreram nas altas, as quedas foram maiores nos primeiros vencimentos, com o agosto fechando em baixa de 45,50 centavos.

Os traders seguem monitorando o clima no Meio-Oeste americano e o comportamento da demanda.

O mercado devolveu parte dos últimos ganhos com o movimento de liquidação de parte das posições compradas dos fundos.

Com relação à demanda, mais três vendas de soja foram informadas pelo USDA nesta sexta-feira (28).  Este foi o quarto anúncio da semana, o que eleva o total das vendas no período para 1.787.460 toneladas.

O clima mais moderado pressionou os contratos futuros dos grãos. Os mapas climáticos atualizados seguem indicando chuvas para os próximos cinco a sete dias, com os maiores volumes concentrados ainda mais a Leste dos Estados Unidos. Os estados de Illinois, Indiana, Ohio, Wisconsin e Michigan deverão ser alguns dos mais beneficiados.

Iowa, Minnesota, as Dakotas, Missouri e Nebraska também deverão receber algumas precipitações, porém, com volumes menores, como mostra o mapa do NOAA abaixo, com a previsão para o período de 28 de julho a 4 de agosto.

As temperaturas muito altas são ainda uma preocupação para os produtores americanos. Ontem, o Drought Monitor mostrou que a área de soja sob alguma condição de seca nos EUA aumentou 3% para 53%.

USDA – Vendas 

Exportadores reportaram ao USDA a venda de 909.460 toneladas de soja da safra 2023/24, sendo 325.000 toneladas para a China, 171.460 toneladas para o México e 413.000 toneladas para destinos desconhecidos.

Argentina – Exportações Óleo de Soja

O line-up, programação dos embarques argentinos para o óleo de soja, projeta exportações de 384.800 toneladas em julho, segundo a Safras & Mercado.

Até o momento, já foram exportadas 182.693 toneladas. Em julho de 2022, foram exportadas 296.623 toneladas. No mês passado, foram exportadas 430.673 toneladas.

De janeiro a agosto, o line-up registra um volume preliminar de 2.491 milhões de toneladas. No mesmo período do ano anterior, o volume era de 3.138 milhões de toneladas.

Exportações & Esmagamento Brasil

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 99 milhões de toneladas em 2024, aumento de 4% em relação as 95 milhões de toneladas estimadas para 2023, informou nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado.

A consultoria estimou ainda o esmagamento de 55 milhões de toneladas de soja em 2024 e de 53.4 milhões de toneladas em 2023, com um aumento de 3% entre uma temporada e outra.

Paraná

Para a safra de soja 2022/23, já colhida, o DERAL reduziu a sua estimativa de produção de 22.45 milhões para 22.42 milhões de toneladas. O DERAL informou ainda que 58% da safra já foi comercializada, contra 51% um mês antes.

Milho fecha em baixa com condições climáticas mais moderadas nos EUA

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa pela quarta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 12 a 12,25 centavos, com o setembro cotado a US$ 5,21 (- 2,30%) e o dezembro/23 a US$ 5,30¼ (- 2,21%) o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 7,50 a 8,50 centavos, com o setembro cotado a US$ 7,04¼ (- 1,19%) e o dezembro/23 a US$ 7,28 (- 1,02%) o bushel.

Rússia

A consultoria agrícola russa SovEcon revisou a sua estimativa para a safra de trigo da Rússia. Agora, a estimativa é de 87.1 milhões de toneladas contra 86.8 milhões de toneladas da previsão anterior. Para o milho, a estimativa permaneceu a mesma, de 14.6 milhões de toneladas. Já a da cevada foi reduzida de 19.9 milhões de toneladas da previsão anterior para 18.6 milhões de toneladas. No total, a consultoria estima a safra de grãos russa em 133.1 milhões de toneladas (contra 134 milhões de toneladas).

Segundo a SovEcon, a estimativa para o trigo aumentou por causa de uma estimativa maior de área pré-colheita de 29.9 milhões de hectares (contra 29.7 milhões de hectares estimados anteriormente). Outro fator foi o rendimento inicial recorde na região de Rostov, principal produtor do cereal, que obteve 4,2 toneladas por hectare em comparação com as 4 toneladas por hectare do ano passado. “Os impressionantes números de Rostov compensaram parcialmente os rendimentos inesperadamente baixos em sua vizinha Krasnodar, que ficaram em 5,6 toneladas por hectare, em comparação com as 6,6 toneladas por hectare em 2022”, indicou a empresa em nota.

Segundo a SovEcon, além disso, as chuvas excessivas pouco antes do início da colheita diminuíram substancialmente o potencial de produtividade em Krasnodar. Nas últimas semanas, as chuvas tem sido um problema para a Região Sul da Rússia. “A colheita está atrasada e a qualidade diminuiu. Em geral, a qualidade da safra de trigo russa este ano pode ficar abaixo da média”, informou a nota.

A estimativa do USDA para a safra de trigo russa é de 85 milhões de toneladas, enquanto para a de milho é de 16.3 milhões de toneladas e para a de cevada é de 19.6 milhões de toneladas.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (DERAL), da Secretaria de Agricultura do Estado, aumentou a sua estimativa para a segunda safra de milho paranaense, que está sendo colhida, de 13.80 milhões para 13.97 milhões de toneladas. Apenas 8% da safra já foi comercializada, mesmo percentual do mês anterior.

Quanto ao milho verão, a colheita foi estimada em 3.82 milhões de toneladas, em comparação com as 3.80 milhões de toneladas previstas um mês antes. A comercialização atingiu 76% da primeira safra, contra 65% no mês anterior.

O DERAL estimou ainda a safra de trigo, que está em desenvolvimento, em 4.58 milhões de toneladas, contra as 4.56 milhões de toneladas da previsão anterior. Segundo o DERAL, apenas 2% da safra já foi comercializada, mesmo percentual de junho.

Por Equipe SNA
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