Soja fecha em leve alta na CBOT e preços nos portos do Brasil se mantêm em alta

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em leve alta, reduzindo as perdas de ontem, com os principais vencimentos registraram ganhos de 1,25 a 1,75 centavos. O novembro/18 fechou cotado a US$ 8,39 ¼ e o janeiro/19 a US$ 8,52 ¼ o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT também fecharam em alta, voltando aos níveis do dia 27/08. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 3,50 a US$ 4,60. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 314,00 e o janeiro/19 a US$ 312,60 a tonelada curta.

Segundo analistas internacionais, o mercado ainda segue carente de novidades que possam motivar um comportamento mais intenso dos preços e o dia foi de movimentação técnica.

Segundo o analista Ben Potter, do portal norte-americano Farm Futures, o mercado segue atento às informações de demanda, na tentativa de encontrar algum suporte para as cotações. Novos números de vendas para exportação serão reportados pelo USDA e devem mexer, mesmo que pontualmente, com o mercado.

Mercado interno

Enquanto isso, os preços continuam subindo nos portos brasileiros. Nesta quinta-feira, a saca da soja no mercado disponível subiu 0,55% em Rio Grande, para R$ 92,00, enquanto a para embarque em outubro/18 foi cotada a R$ 92,50, em alta de 0,54%. Em Paranaguá, estabilidade a R$ 96,00 no mercado spot, e para a safra nova alta de 1,17% para R$ 87,00.

No interior do Brasil, as principais praças de comercialização atuam de forma bem regional, acompanhando as suas realidades e registrando altas e baixas nesta quinta-feira. Os preços acabaram por perder parte de sua referência ao final do dia, depois do comportamento do dólar após o atentado ao candidato à presidência Jair Bolsonaro nesta tarde em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Além disso, o mercado segue muito atento à cena externa com a possibilidade do governo Trump estar a ponto de impor tarifas de até 25% sobre mais produtos importados da China, num valor de US$ 200 bilhões, intensificando um confronto entre as maiores economias do mundo.

O dólar comercial fechou em baixa de 0,95%, cotado a R$ 4,1042 para venda.

Milho: em sessão volátil, mercado encontra suporte nas compras técnicas e fecha em leve alta na Bolsa de Chicago

Os contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 1 centavo. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 3,66 ¼ e o março/19 a US$ 3,78 ¼ o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT voltaram a fechar em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 7,50 a 8 centavos. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 5,13 ¾ e o março/19 a US$ 5,35 o bushel. “Os contratos do milho fecharam o dia mais firmes, apoiados por compras técnicas, com cobertura de posições vendidas, apesar da queda do trigo e das expectativas de uma grande safra nos EUA”, reportou a Reuters.

Mesmo com a redução no percentual de lavouras em boas ou excelentes condições no país, a expectativa ainda é de uma grande safra nesta temporada.

O site internacional Farm Futures também informou que a expectativa favorável para o boletim de vendas semanais, que será divulgado nesta sexta-feira (7/9), contribuiu para dar suporte aos preços.

Milho na Argentina

Durante a última semana, terminou a colheita de milho com destino comercial na Argentina, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) em seu Panorama Agrícola Semanal (PAS).

O volume final colhido ficou em 31 milhões de toneladas, com rendimento médio nacional de 6.010kg (100 sacas) por hectare, muito abaixo do que foi registrado nas últimas safras. A superfície perdida na safra 2017/18 alcançou a 230.000 hectares, sobre uma estimativa de plantio de 5.4 milhões de hectares.

Mercado interno

Já no mercado interno, as cotações registraram ligeiras movimentações em véspera de feriado, em comemoração ao Dia da Independência, no Brasil. Segundo levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em Campo Novo do Parecis (MT), a saca subiu 4,55% e foi cotada a R$ 23,00.

Em Brasília, a alta foi de 3,13%, com a saca cotada a R$ 33,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a alta foi de 1,61%, com a saca cotada a R$ 31,50. Em Campinas (SP), a alta foi de 1,25%, com a saca cotada a R$ 40,60. Em contrapartida, em Sorriso (MT), a saca caiu 8% e foi cotada a R$ 23,00. Segundo os analistas, as cotações ainda encontram suporte no decisão dos produtores brasileiros de segurar as vendas do cereal nesse momento.

Contudo, o analista da Agrinvest, Marcos Araújo, disse que os produtores devem ficar atentos ao mercado. “O nosso milho está muito caro no mercado internacional em comparação com o produto norte-americano e da Argentina”. Além disso, o analista também informou que o consumo doméstico pode recuar em face aos atuais preços altos. “Temos margens negativas, especialmente na suinocultura”.

 

Fontes: Reuters, Notícias Agrícolas e SNA

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