Soja fecha em baixa em sessão volátil, com movimento de correção após a divulgação do relatório do USDA

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, após três sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 10,75 a 11 centavos, com o novembro/23 cotado a US$ 13,07½ (- 0,82%) e o janeiro/24 a US$ 13,17¼ (- 0,83%) o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 4,70 a US$ 5,00, com o setembro cotado a US$ 410,30 (- 1,13%) e o dezembro a US$ 388,70 (- 1,27%), a tonelada curta. O setembro na mínima do dia (US$ 409,50), registrou a menor cotação desde 14 de julho.

O óleo de soja fechou em baixa, após três sessões consecutivas de alta, com o dezembro registrando uma queda de 0,43%.

O USDA divulgou o seu relatório mensal de oferta e demanda e reduziu, como o esperado, a safra americana de soja, com uma produtividade menor que estimada anteriormente. As áreas plantada e colhida permaneceram inalteradas.

As estimativas dos estoques finais e das exportações também foram reduzidas e a das importações foi aumentada.

USDA Relatório de Oferta e Demanda

China

A China manteve na sexta-feira (11/08) a sua estimativa da produção de milho e soja para 2023/24 inalterada, apesar das inundações nas principais áreas de cultivo.

A estimativa da safra de milho foi mantida em 282.34 milhões de toneladas, enquanto a soja ficou em 21.46 milhões de toneladas, informou o Ministério da Agricultura em suas estimativas mensais de oferta e demanda agrícola da China (CASDE).

Embora as fortes chuvas tenham causado um alagamento relativamente grave em algumas lavouras de milho, também aliviaram uma seca que vinha afetando a safra, informou o Ministério.

A umidade das lavouras de soja em áreas importantes do Nordeste da China está próxima ou até melhor do que o normal, e o impacto das enchentes é relativamente pequeno para a safra, segundo o relatório.

As fortes chuvas afetaram 258.000 hectares da área plantada de Heilongjiang, maior produtora de grãos da China, na quarta-feira, quase 2% da área total semeada da província.

Heilongjiang produziu 15,20% do milho da China e 43,80% da soja em 2021, mostraram dados oficiais.

As enchentes também atingiram a província de Jilin, no Nordeste, que produziu 12% do milho do país em 2021. A área afetada ainda não foi divulgada.

As fortes chuvas também afetaram 319.700 hectares de áreas agrícolas em Hebei, informaram autoridades locais na sexta-feira. A província produziu 7,60% do milho do país em 2021.

Soja/Argentina – Safra 2023/24

A área para o plantio da soja na Argentina deve aumentar na safra 2023/24, após nove safras consecutivas de queda. Segundo a Bolsa de Comércio de Rosario, a estimativa é de uma área de 17 milhões de hectares.

O aumento representaria um acréscimo de 1 milhão de hectares, ou seja, 6,20% a mais do que na safra 2022/23. Sob um cenário de clima normal, a instituição estima que o país pode produzir 48 milhões de toneladas da oleaginosa.

Ucrânia

A Ucrânia anunciou a abertura de rotas alternativas para navios civis que saem de seus portos no Mar Negro. A medida abriria uma saída para as embarcações que ficaram presas nos portos ucranianos desde a invasão russa, em fevereiro de 2022, informou em comunicado a Marinha da Ucrânia.

A implementação dessas rotas faz parte de uma cooperação entre a Ucrânia e a Organização Marítima Internacional (OMI). Ainda assim, não há garantia de que os navios terão segurança. A Marinha ucraniana deixou claro que “em todas as rotas há uma ameaça militar e perigo de minas da Federação Russa”.

Questionado sobre se os navios utilizariam o corredor, o porta-voz da Marinha, Oleh Chalyk, reforçou que a rota é voluntária. “Ninguém está forçando ninguém a fazer isso”, disse. “A Ucrânia foi forçada a tomar essa decisão e fornecer esta rota. O corredor estava fechado e encontramos uma saída para essa situação”, disse.

O analista Arlan Suderman, da StoneX, disse que o envolvimento da OMI traz a sensação de proteção sob a lei marítima internacional, “embora a Ucrânia afirme claramente que o risco de minas na água persiste, bem como o de possíveis ataques russos”.

O transporte comercial para os principais portos ucranianos no Mar Negro foi encerrado no mês passado, depois que a Rússia se retirou do acordo de exportação de grãos, que garantia a segurança dos navios que transportavam produtos ucranianos.

Milho fecha em baixa em sessão volátil, com movimento de correção após a divulgação do relatório do USDA

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 8,75 a 9 centavos, com o setembro cotado a US$ 4,74½ (- 1,81%) e o dezembro a US$ 4,87¼ (- 1,81%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 4,70½), registrou nova mínima contratual e o dezembro na mínima do dia (US$ 4,83), registrou a menor cotação desde 13 de julho.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 10 a 11 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,26¾ (- 1,72%) e o dezembro/23 a US$ 6,53¾ (- 1,51%) o bushel. O dezembro na mínima do dia (US$ 6,51¼), registrou a menor cotação desde 13 de julho.

O USDA divulgou o seu boletim mensal de oferta e demanda e reduziu a estimativa da safra de milho, também como era esperado pelo mercado. A produtividade norte-americana do cereal, assim como a produção, os estoques finais e as exportações foram reduzidas.  A das importações foi mantida, assim como a da utilização do cereal para a produção do etanol.

A estimativa da safra 2023/24 de trigo dos Estados Unidos foi reduzida para 47.20 milhões de toneladas, sendo que a expectativa média do mercado era de 47.33 milhões de toneladas. No relatório passado, a estimativa foi de 47.33 milhões de toneladas.

A estimativa dos estoques dos EUA foi aumentada de 16.12 milhões para 16.75 milhões de toneladas, contra uma expectativa média do mercado de 16.27 milhões de toneladas. Já as exportações foram estimadas em 19.05 milhões de toneladas, contra as 19.73 milhões de toneladas estimadas no relatório anterior.

A estimativa da safra 2022/23 de trigo nos Estados Unidos foi mantida em 44.90 milhões de toneladas e os estoques em 15.79 milhões de toneladas.

A estimativa da produção de trigo do Brasil na temporada 2023/24 foi elevada de 10 milhões para 10.30 milhões de toneladas. Os estoques foram estimados em 2.43 milhões de toneladas para o novo ciclo, contra 2.08 milhões de toneladas no relatório anterior. As exportações seguem sendo estimadas em 3.50 milhões de toneladas.

A produção mundial 2023/24 foi estimada em 793.37 milhões de toneladas, contra 796.67 milhões de toneladas no último relatório e 789.97 milhões de toneladas da safra anterior. Os estoques foram estimados em 265.61 milhões de toneladas no novo ciclo, contra a estimativa no último mês de 266.53 milhões toneladas. Os estoques finais da temporada 2022/23 no mundo foram estimados em 268.31 milhões de toneladas.

A expectativa média do mercado era de estoques no mundo de 265.92 milhões de toneladas para 2023/24 e de 269.25 milhões de toneladas para o ciclo 2022/23.

USDA Relatório de Oferta e Demanda

USDA – Vendas

Exportadores reportaram ao USDA a venda de 143.637 toneladas de milho da safra 2023/24 para o México.

Milho/Argentina – Safra 2023/24

A área para plantio de milho na Argentina para a safra 2023/24 deve ficar estável em relação à safra anterior, ou seja, 8.5 milhões de hectares, segundo estimativa da Bolsa de Comércio de Rosário.

A produção, por sua vez, está estimada em 56 milhões de toneladas, contrastando com a produção afetada pela estiagem da última temporada, de 34 milhões de toneladas, projetando um cenário climático normalizado.

A entidade indicou que a intenção de plantio do milho está muito presente neste ano, e que isso vai contra os altos custos de produção. “A incerteza e o aumento de custos, principalmente em fertilizantes, em uma cultura em que os rendimentos são diretamente proporcionais às doses aplicadas, é uma limitação significativa para o crescimento da área de milho”, informa o comunicado.

Ucrânia

A Ucrânia, um dos principais produtores globais de grãos, havia colhido 22.96 milhões de toneladas de grãos da nova safra de 2023 em 5.29 milhões de hectares até agora, informou o Ministério da Agricultura na sexta-feira.

O Ministério não forneceu dados comparativos.

O Ministério informou que o rendimento médio de grãos foi de 4,37 toneladas por hectare e o volume incluiu 17.7 milhões de toneladas de trigo e 4.9 milhões de toneladas de cevada.

O Ministério informou que espera que a safra de grãos de 2023 atinja 56.4 milhões de toneladas, contra 55.3 milhões de toneladas em 2022.

Por Equipe SNA
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