Soja fecha em baixa com o mercado focado nas condições climáticas do Corn Belt

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam, novamente, em baixa, exceto o julho que fechou em alta de 3,25 centavos. Os principais vencimentos registraram quedas de 1,75 a 6,75 centavos, com o julho/23 cotado a US$ 12,99¾ (+ 0,25%) e o novembro/23 a US$ 11,46½ (- 0,59%) o bushel. O julho na mínima do dia (US$ 12,70¾), registrou a menor cotação desde 16 de dezembro de 2021 e o novembro registrou uma nova mínima (US$ 11,30½) contratual.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam novamente em baixa, exceto o julho que fechou em alta de US$ 0,80. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 0,40 a US$ 1,70, com o julho cotado a US$ 393,40 (+ 0,20%) e o dezembro a US$ 365,00 (- 0,46%) a tonelada curta. O julho na mínima do dia (US$ 386,30), registrou a menor cotação desde 22 de agosto de 2022 e o dezembro na mínima do dia (US$ 361,80), registrou a menor cotação desde 25 de julho de 2022.

Brasil Safra 2022/23

O Brasil produzirá mais soja do que o estimado na safra 2022/23, informou nesta quarta-feira a AgResource Brasil, filial da empresa norte-americana AgResource Company, apontando ainda maiores exportações.

A estimativa é de um aumento de 1.2 milhão de toneladas na comparação com a previsão anterior, para um recorde de 155.15 milhões de toneladas.

“Isso acontece devido aos melhores rendimentos e condições favoráveis nos principais Estados, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná “, informou a consultoria. A colheita da oleaginosa já está encerrada.

Com isso, a AgResource Brasil elevou em 500.000 toneladas a estimativa das exportações de soja, “por conta da forte demanda global e do impacto da estiagem na Argentina, que fará com que o país busque fontes brasileiras para suprir necessidades internas”. A estimativa passou para um total de 97 milhões de toneladas, volume nunca registrado.

Milho fecha em baixa 

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em baixa, exceto o julho que fechou estável. Os principais vencimentos registraram quedas de 3,50 a 3,75 centavos, com o julho cotado a US$ 5,94 (Estável) e o dezembro/23 a US$ 5,21¾ (- 0,67%) o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 2,50 a 3,25 centavos, com o julho cotado a US$ 5,94¼ (+ 0,55%) e o setembro/23 a US$ 6,08 (+ 0,41%) o bushel. O julho e o setembro registraram novas mínimas contratuais a US$ 5,73¼ e US$ 5,87¾, respectivamente.

Trigo – Rússia

A consultoria agrícola russa SovEcon informou que os estoques de trigo nas fazendas russas totalizavam 12 milhões de toneladas, até o dia 1º de maio de 2023. O Diretor da SovEcon, Andrey Sizov, indicou que os resultados são duas vezes maiores do que a média dos últimos cinco anos, ressaltando as estimativas do serviço estatístico federal Rosstat. “O aumento substancial nos estoques pode ser atribuído à safra recorde de trigo e às exportações relativamente lentas no início da temporada de exportação”, argumentou ele, em nota.

Entre as áreas produtoras da Rússia, a região do rio Volga registrou o maior aumento nos estoques do cereal, com aproximadamente 2.7 milhões de toneladas, alta de 108% em relação ao ano passado. Os estoques na região central do país totalizaram 3.9 milhões de toneladas, aumento de 95% em relação a 2022. No Sul, estão 2.9 milhões de toneladas, registrou um aumento de 45% em comparação com 2022.

O Rosstat estima a safra de trigo russa em 104.2 milhões de toneladas, 32% superior à média de cinco anos. Apenas no 3º trimestre de 2022, as exportações de trigo foram estimadas em 10.1 milhões de toneladas, 16% abaixo da média.

“Apesar do ritmo de exportação relativamente lento no 3º trimestre, a SovEcon estima um recorde de exportações para a temporada”, indicou o Diretor Sizov, destacando a estimativa de vendas externas de 44.5 milhões de toneladas. “Espera-se que os estoques recordes de trigo continuem impulsionando as exportações russas de trigo e exercendo pressão sobre os preços globais”, indicou Sizov.

Brasil Safra 2022/23

O Brasil produzirá mais milho do que o esperado na safra 2022/23, estimou nesta quarta-feira a AgResource Brasil, apontando ainda maiores exportações.

Com as boas condições climáticas para a segunda safra de milho, a estimativa da colheita total do cereal foi atualizada para 127.45 milhões de toneladas, versus 126.08 milhões de toneladas anteriormente.

Projeta-se também que o Brasil pode assumir a posição de maior exportador de milho, com aumento das estimativas das exportações em 3 milhões de toneladas, totalizando 50 milhões de toneladas.

“A depender da logística brasileira, este número pode ser ainda maior, diante dos descontos de preço que temos no milho em diversas regiões neste início de colheita”, indicou.

Exportações Brasil

Os line-ups, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicam que poderão ser exportadas 1.362 milhão de toneladas de milho entre março e maio, segundo levantamento da Safras & Mercado. Desse total, 1.221 milhão de toneladas já foram embarcadas. Para junho estão programados embarques de 1.008 milhão de toneladas.

Entre fevereiro/23 e janeiro/24, os line-ups indicam embarques acumulados de 4.321 milhões de toneladas do cereal.

Por Equipe SNA
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