Soja fecha em alta impulsionada pela demanda

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 5 a 8 centavos, com o setembro/23 cotado a US$ 13,87 (+ 0,36%) e o novembro/23 a US$ 13,33¼ (+ 0,60%) o bushel. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 3,21% e o novembro de 3,56%.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 0,80 a US$ 4,50, com o setembro cotado a US$ 422,60 (- 1,05%) e o dezembro a US$ 397,70 (- 0,20%), a tonelada curta. O setembro na mínima do dia (US$ 420,20), registrou a menor cotação desde 21 de julho.

O óleo de soja fechou em alta, após duas sessões consecutivas de baixa, com o dezembro registrando um ganho de 2,47%.

A soja fechou em alta refletindo, segundo analistas do portal Farm Futures, a maior demanda pela oleaginosa americana que se intensificou nas duas últimas semanas.

Além disso, o mercado vai se ajustando para as novas informações que chegam na próxima semana.

Agosto é um mês decisivo para a soja nos Estados Unidos, por isso, as condições climáticas e os números que serão divulgados pelo USDA no dia 11, no seu relatório mensal de oferta e demanda, dominam as atenções do mercado neste momento.

Dessa forma, segundo o analista Luiz Fernando Gutierrez, da Safras & Mercado, as incertezas sobre as condições climáticas nos EUA garantem que a volatilidade se mantenha até que se conheça, efetivamente, o tamanho da produção americana. Na sequência, o foco volta para a América do Sul e para o início da safra 2023/24 no Brasil.

As movimentações no mercado financeiro também influenciaram o comportamento dos preços nesta semana, pesando mais em dias de maior aversão ao risco.

O que ainda limitou os ganhos da soja em Chicago foram as previsões que indicam melhores chuvas e temperaturas mais amenas para a próxima semana no Corn Belt.

Malásia

As exportações de óleo de palma da Malásia podem aumentar para 16 milhões de toneladas em 2023, de 15.72 milhões de toneladas no ano anterior, disse uma autoridade do Conselho de Óleo de Palma da Malásia (MPOB) a repórteres nesta sexta-feira.

A produção de óleo de palma bruto do país em 2023 ainda pode aumentar para 19 milhões de toneladas de 18.45 milhões de toneladas, disse Ahmad Parveez Ghulam Kadir, Diretor-Geral do MPOB.

A Malásia é o segundo maior produtor mundial de óleo de palma.

China

As chuvas atingiram áreas da maior província produtora de grãos da China nesta sexta-feira, deixando fazendas submersas e piorando as enchentes que já inundaram cidades em todo o país, enquanto equipes de resgate lutam para conter os estragos causados​​pelo tufão Doksuri.

Heilongjiang, conhecida como o “grande celeiro do Norte” da China, é a mais recente área a sofrer os impactos do Doksuri, que matou pelo menos 20 pessoas, deslocou milhares e inundou Pequim e várias outras cidades desde que atingiu o Sul da China há uma semana.

Em Heilongjiang, as autoridades advertiram os moradores para esperarem um clima mais severo, incluindo tornados, e aumentaram o alerta de inundação duas vezes desde a noite de quinta-feira. Algumas áreas podem receber mais de 100 mm de chuva em poucas horas.

Milho fecha em alta impulsionado por movimento de realização de lucros depois de oito quedas consecutivas

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em alta, após oito sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 3,50 a 3,75 centavos, com o setembro cotado a US$ 4,84¼ (+ 0,73%) e o dezembro a US$ 4,97½ (+ 0,76%) o bushel. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 7,05% e o dezembro de 6,22%.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta, após oito sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 5,25 a 6 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,33 (+ 0,96%) e o dezembro/23 a US$ 6,60¼ (+ 0,80%) o bushel. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 10,12% e o dezembro de 9,31%.

Os contratos futuros do trigo encontraram suporte na sexta-feira, depois que drones ucranianos atacaram uma base naval perto de Novorossiysk, um importante centro para as exportações russas de grãos.

O ataque ocorreu após uma série de ataques da Rússia na infraestrutura de exportação de grãos da Ucrânia, nos portos do Mar Negro e do Danúbio, interrompendo os embarques ucranianos.

A retaliação da Ucrânia em Novorossiysk, que danificou um navio de guerra russo, levou o mercado a rever sua suposição de que os ricos suprimentos de trigo da Rússia serão capazes de compensar qualquer déficit da Ucrânia.

Esta suposição foi reforçada por um tender do Egito esta semana, que atraiu ofertas de mais de 1.6 milhão de toneladas de trigo, das quais mais de 1 milhão de toneladas eram de origem russa.

Os preços do milho se moveram em linha com os do trigo, ficando expostos à dinâmica das exportações do Mar Negro, embora a melhora das condições climáticas no Meio-Oeste dos EUA também tenha pressionado o mercado durante boa parte desta semana.

Os preços do milho no Brasil e o ritmo das exportações também são fatores a serem acompanhados.

Por Equipe SNA
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