Soja fecha em alta com o mercado focado nas condições climáticas do Corn Belt

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram ganhos de 8 a 17,25 centavos, com o agosto/23 cotado a US$ 14,92 (+ 0,54%) e o novembro/23 a US$ 13,95¼ (+ 1,25%) o bushel. O agosto na máxima do dia (US$ 15,01), registrou a maior cotação desde 3 de julho e o novembro na máxima do dia (US$ 14,05), registrou a maior cotação desde 4 de janeiro.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 6,80 a US$ 8,30, com o agosto cotado a US$ 442,70 (+ 1,91%) e o dezembro a US$ 416,20 (+ 1,66%), a tonelada curta. O agosto na máxima do dia (US$ 446,90), registrou a maior cotação desde 19 de abril e o dezembro na máxima do dia (US$ 420,70) registrou a maior cotação desde 22 de junho. O agosto acumula uma alta de 6,37% e o dezembro de 4,28% nas últimas cinco sessões.

O óleo de soja fechou em baixa pela terceira sessão consecutiva, com o dezembro registrando uma queda de 0,93%.

A soja fechou novamente em alta nesta terça-feira, assim como o farelo. O óleo, por sua vez, fechou novamente em baixa.

O mercado segue focado nas condições climáticas do Corn Belt. Até mesmo a melhora expressiva nas lavouras americanas acabou sendo relegada a segundo plano na sessão de hoje.

Os próximos dias deverão ser, segundo os últimos mapas, de poucas chuvas e temperaturas mais elevadas, outro fator que dá sustentação às cotações. As expectativas agora são de que no boletim mensal de oferta e demanda de agosto do USDA, a produtividade da safra americana seja reduzida.

Os mapas mais longos do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, para o período de 25 a 31 de julho, próximos 8 a 14 dias, indicam que todo o país deverá registrar temperaturas acima da média, como mostra a imagem abaixo.

Para o mesmo período, são previstas chuvas abaixo ou alinhadas à média, o que pode trazer problemas para o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos, que entra agora em um período crítico.

Importações China – Soja

Segundo o Departamento de Alfândegas da China (GACC), a China importou 10.3 milhões de toneladas de soja no sexto mês do ano, um aumento de 24,50% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em termos de valores, as importações de soja no período totalizaram US$ 4.234 bilhões. No 1º semestre, as importações totalizaram 52.57 milhões de toneladas, 13,60% a mais do que o registrado no ano passado.

Os chineses importaram 50.000 toneladas de óleo de soja, um aumento de 55% na comparação com junho do ano passado. Em termos de valores, houve um aumento de 50,70% em junho, para US$ 44.24 milhões. Entre janeiro e junho, as importações aumentaram 40,20%, para 180.000 toneladas.

As importações chinesas de óleo de palma totalizaram 230.000 toneladas em junho de 2023, volume 215,20% maior do que o importado em junho de 2022. De janeiro a junho, as importações totalizaram 1.62 milhão de toneladas, um aumento de 187,50% em relação ao 1º semestre de 2022.

MT – Soja

Mato Grosso esmagou no 1º semestre 5.713 milhões de toneladas de soja, queda de 1,87% em relação ao mesmo período do ano passado. As informações são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

Entre janeiro e junho de 2022 as indústrias instaladas no estado haviam esmagado 5.821 milhões de toneladas de soja.

“Esse cenário é reflexo da menor demanda pelos produtos e da queda da margem bruta das indústrias, pois, mesmo com constante baixa no preço da soja em 2023, as cotações dos produtos registraram maiores quedas em comparação com a matéria-prima”, indicou o IMEA.

Em junho, o processamento de soja em Mato Grosso totalizou 982.470 toneladas. O volume é 5,64% menor que o de maio e 1,27% inferior ao mesmo mês em 2022.

A desvalorização da commodity é um dos impactos para o resultado.

“A média da margem bruta em junho 2023 registrou desvalorização de 6,18% em relação ao mês anterior, ficando estimada em R$ 596,85 a tonelada. Por fim, a média das duas primeiras semanas de julho registrou mais um recuo na margem bruta, o que pode influenciar negativamente no ritmo do esmagamento das indústrias de Mato Grosso”.

Milho fecha em alta com o mercado focado nas condições climáticas do Corn Belt

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 28,50 a 29,50 centavos, com o setembro cotado a US$ 5,28¾ (+ 5,91%) e o dezembro/23 a US$ 5,34½ (+ 5,63%) o bushel. O setembro na máxima do dia (US$ 534¾), registrou a maior cotação desde 29 de junho e o dezembro na máxima do dia (US$ 5,40¾) também registrou a maior cotação desde 29 de junho. O setembro acumula uma alta de 6,93% e o dezembro de 6,58% nas últimas cinco sessões.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 16,75 a 17 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,70¾ (+ 2,60%) e o dezembro/23 a US$ 6,90½ (+ 2,49%) o bushel.

O milho combinou as condições climáticas nos EUA com as preocupações do fim do acordo de exportação do Mar Negro para fechar o dia em forte alta em Chicago.

Os traders repercutiram a decisão de não renovar o acordo do Mar Negro que permitia à Ucrânia embarcar seus grãos via Mar Negro. As esperanças de uma possível renovação ficaram mais distantes, após a Rússia atacar o porto de Odessa, um dos locais de transporte seguro de grãos ucranianos sob o acordo.

Importações China – Milho

As importações chinesas de milho totalizaram 1.85 milhão de toneladas em junho de 2023, queda de 16,30% em relação ao mesmo mês de 2022, segundo dados divulgados hoje pelo Departamento de Alfândegas da China (GACC). Em termos de valores, as importações de milho no período totalizaram US$ 438.3 milhões, queda de 9,80% em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos seis primeiros meses do ano, a China importou 12.03 milhões de toneladas do cereal, queda de 11,50% na comparação anual.

As importações chinesas de trigo totalizaram 820.000 toneladas no mês passado, volume 58,70% superior ao do mesmo mês de 2022. O valor corresponde a US$ 2.05 milhões, um aumento de 56,80% em relação a junho do ano passado. Nos primeiros seis meses deste ano, as importações totalizaram 8.01 milhões de toneladas, um aumento de 62,10% em relação ao mesmo período do ano passado.

Exportações Brasil

No 1º semestre de 2023, as exportações do milho totalizaram 5.26 milhões de toneladas, que tiveram 63 países como destino. Em 2022 no período o cereal teve como destino 28 países no período, que importaram 3.41 milhões de toneladas.

Somente em junho foram exportadas 689.290 toneladas, volume superior as 235.060 toneladas exportadas em maio e as 527.760 toneladas exportadas em junho do ano passado.

Somente para a China no 1º semestre de 2023 foram enviadas 851.340 toneladas de milho. Já para a Colômbia foram exportadas 696.860 toneladas, Coreia do Sul 457.110 toneladas. O Vietnã importou 349.070 toneladas e o México 345.820 toneladas.

MT – Milho

As exportações de milho na safra 2021/22 totalizaram 26.42 milhões de toneladas em Mato Grosso. O volume supera em 58,44% as 16.67 milhões de toneladas exportadas do ciclo 2020/21. O volume é recorde.

Os embarques da safra 2021/22 ocorreram entre os meses de julho de 2022 e junho de 2023.

Esse recorde de volume, destaca o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), é decorrente a maior oferta de grão no Estado, somado a demanda internacional visto as quebras na Argentina e dos Estados Unidos, além das tensões na Europa diante da guerra entre Rússia e Ucrânia.

“No que tange aos principais destinos do milho mato-grossense, o Irã registrou o maior volume importado, de 2.63 milhões de toneladas, porém, registrou uma queda de 13,16% em relação à safra 2020/21. Já o Japão, que na safra anterior foi o 4° maior importador, avançou para a 2ª posição, com 2.51 milhões de toneladas, aumento de 71,94% em relação à safra passada”.

Para a safra 2022/23 o IMEA estima que cerca de 29.41 milhões de toneladas tenham o mercado externo como destino. Mato Grosso deve produzir aproximadamente 50.15 milhões de toneladas de milho na atual temporada.

Paraná

A colheita do milho segunda safra no Paraná atingiu ontem (17) a 11% da área plantada no Estado, segundo o Departamento de Economia Rural (DERAL), da Secretaria de Agricultura do Estado. Na semana anterior, até dia 10, cerca de 3% da área estava colhida. Das lavouras que estão no campo, as condições continuam as mesmas da semana anterior: 82% estão em boas condições, 15% em condições médias e 3% em condições ruins. Ainda segundo o DERAL, 58% das lavouras estão em fase de maturação e 42% em fase de frutificação.

O plantio da safra de trigo 2023 no Paraná está concluído. Segundo o DERAL, 95% das lavouras estão em boas condições, 1% abaixo da semana anterior, e 5% em condições médias, contra 4% na semana anterior. As lavouras estão nas seguintes fases: 50% em fase de desenvolvimento vegetativo, 26% em fase de floração, 22% em fase de frutificação e 1% em fase de maturação.

Por Equipe SNA
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