Soja fecha em alta com o mercado focado nas condições climáticas do Corn Belt

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram ganhos de 23 a 23,25 centavos, com o novembro/23 cotado a US$ 13,53¼ (+ 1,75%) e o janeiro/24 a US$ 13,63¾ (+ 1,72%) o bushel. O novembro e o janeiro nas máximas do dia (13,55½ e 13,65½) registraram as maiores cotações desde 31 de julho.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ US$ 4,30 a US$ 8,30, com o outubro cotado a US$ 392,70 (+ 2,11%) e o dezembro a US$ 389,00 (+ 2,18%), a tonelada curta.

O óleo de soja fechou em alta pela quinta sessão consecutiva, com o dezembro registrando um ganho de 0,49%. Na máxima do dia (64,42), o dezembro registrou a maior cotação desde 26 de julho. O dezembro registra nas últimas cinco sessões uma alta de 6,71%.

A soja subiu pela terceira sessão consecutiva, refletindo uma série de fatores, entre eles o clima seco e quente previsto para os EUA nos próximos dias; demanda melhor pela soja americana, com as vendas semanais para exportação da safra 2023/24 divulgadas ontem, superando as expectativas e os bons ganhos que foram registrados pelos derivados nos últimos dias.

Durante toda a semana, o grão se apoiou na alta do óleo, que embora tenha fechado novamente em alta nesta sexta-feira, subiu de forma mais contida que o farelo.

“Os estoques de soja nos EUA estão extremamente apertados e a safra por aqui vai ser uma safra menor. Eu acho que a produtividade da americana acima dos 50 bushels por acre ainda é otimista”, disse Aaron Edwards, consultor da Roach Ag Marketing em entrevista ao Bom Dia Agronegócio, do Notícias Agrícolas.

Para o produtor brasileiro, os prêmios mais altos para a soja disponível com as cotações melhores em Chicago também criaram um ambiente mais favorável para a formação dos preços no Brasil.

Mais à frente, as preocupações serão com a nova safra da América do Sul, que poderão vir melhores, pelo menos em partes da América do Sul, como pode acontecer em anos de El Niño. “Para 2024, a expectativa é de muita soja, mas no curto prazo ainda há esta escassez. Então, estamos nesta queda de braço.

O comportamento do mercado financeiro também está bem presente no radar dos traders, mas hoje sem uma direção clara para todas as commodities.

Importações China

As importações chinesas de soja totalizaram 9.73 milhões de toneladas em julho, aumento de 23,40% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo com dados divulgados hoje pelo Departamento de Alfândegas da China (GACC). Em termos de valores, as importações de soja no período totalizaram US$ 3.895 bilhões. De janeiro a julho, as importações somaram 62.30 milhões de toneladas, 15% a mais do que o registrado no ano passado.

A China importou 40.000 toneladas de óleo de soja, queda de 32,20% na comparação com julho do ano passado. Em termos de valores, houve uma queda de 48,60% em julho, para US$ 29.08 milhões. Entre janeiro e julho, as importações aumentaram 18,50% para 220.000 toneladas.

As importações chinesas de óleo de palma totalizaram 420.000 toneladas em julho de 2023, volume 37% maior do que o importado um ano antes. De janeiro a julho, as importações totalizaram 2.04 milhão de toneladas, aumento de 134,50% em relação a um ano atrás.

Ucrânia

A Ucrânia e a Romênia assinaram um acordo nesta sexta-feira para impulsionar a exportação de grãos ucranianos, atravessando território dos romenos. Em entrevista, o Primeiro-Ministro romeno Marcel Ciolacu disse que seu país espera transportar cerca de 60% das exportações de grãos da Ucrânia. O acordo foi assinado durante a viagem do Primeiro-Ministro ucraniano Denys Shmyhal ao país vizinho. O transporte de produtos ucranianos ficou prejudicado após o rompimento do acordo com a Rússia que permitia a passagem segura pelo Mar Negro em meio à guerra.

Ciolacu destacou a meta “ambiciosa” de dobrar o transporte de grãos ucranianos através da Romênia, que passou de 2 milhões para 4 milhões de toneladas por mês. No entanto, ele não especificou um prazo para esse aumento ocorrer. O líder romeno acrescentou que o porto de Constanza, no Mar Negro, continuará sendo uma rota de transporte fundamental para levar os produtos da Ucrânia ao mercado internacional. Além dele, deverá ser utilizado o Canal Sulina, braço do rio Danúbio no que é o segundo rio mais longo da Europa e uma rota de transporte importante, indicou.

Por sua vez, o Primeiro-Ministro ucraniano informou que os dois vizinhos buscam tornar ágil o controle de fronteira nos pontos de cruzamento para facilitar o transporte de mercadorias. “Discutimos a melhoria da infraestrutura de transporte destruída pela Rússia”, disse, indicando que as melhorias incluiriam o desenvolvimento da passagem por rio, ferrovia, estrada e mar. A economia ucraniana depende da agricultura e seus grãos são cruciais para o fornecimento mundial de trigo, cevada e óleo de girassol.

Milho fecha em alta com o mercado focado nas condições climáticas do Corn Belt

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram ganhos de 6,50 a 7,25 centavos, com o setembro cotado a US$ 4,79½ (+ 1,37%) e o dezembro a US$ 4,93 (+ 1,49%) o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta, após cinco sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 23,75 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,13¼ (+ 4,03%) e o dezembro/23 a US$ 6,39 (+ 3,86%) o bushel.

USDA – Vendas

Exportadores reportaram ao USDA a venda de 112.000 toneladas de milho da safra 2023/24 para o México.

Importações China

Segundo o Departamento de Alfândegas da China (GACC), a China importou 1.68 milhão de toneladas de milho em julho de 2023, aumento de 9,20% na comparação com o mesmo mês de 2022. As importações de milho no período totalizaram um valor de US$ 406.3 milhões, 16,30% a mais que o do mesmo mês do ano passado. Nos sete primeiros meses do ano, a China importou 13.71 milhões de toneladas do cereal, queda de 9,40% na comparação anual.

As importações chinesas de trigo totalizaram 710.000 toneladas no mês passado, volume 9,10% inferior ao do mesmo mês de 2022. O valor corresponde a US$ 1.74 milhão, queda de 8% em relação a julho do ano passado. Nos primeiros sete meses deste ano, as importações totalizaram 8.72 milhões de toneladas, aumento de 52,40% em relação ao mesmo período do ano passado.

Por Equipe SNA
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp