Soja fecha em alta com o mercado focado nas condições climáticas do Brasil e na demanda

Imagem de ally j por Pixabay

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram ganhos de 23,50 a 24,50 centavos, com o janeiro/24 cotado a US$ 13,51¾ (+ 1,77%) e o março/24 cotado a US$ 13,66½ (+ 1,83%) o bushel.  O janeiro na máxima do dia (US$ 13,55), registrou a maior cotação desde 18 de setembro. Nas últimas cinco sessões o janeiro acumula uma alta de 2,61% e o março de 2,49%.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 15,00 a US$ 15,80, com o dezembro cotado a US$ 442,10 (+ 3,71%) e o janeiro/24 a US$ 432,20 (+ 3,60%) a tonelada curta. O janeiro na máxima do dia (US$ 435,10), registrou nova máxima contratual. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 0,07% e o janeiro/24 uma alta de 1,29%.

O óleo de soja fechou em baixa, com o dezembro registrando uma queda de 1,91%. Na mínima do dia (48,79), o dezembro registrou a menor cotação desde 6 de junho. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 5,57%.

A soja fechou novamente em alta nesta sexta-feira (3) impulsionada pelas condições climáticas no Brasil, que seguem atrasando o plantio e causando danos às lavouras em determinadas regiões. Além disso, ao contrário do que ocorreu mais cedo, o farelo voltou a subir, dando um suporte importante para os preços da soja e compensando a queda do óleo, pressionado pela queda do petróleo.

Os modelos climáticos ainda preveem muitas chuvas para o Sul do País, enquanto o Centro-Norte tende a receber precipitações mal distribuídas, que vai afetar o plantio que já está bastante comprometido, além de causar um atraso considerável nos trabalhos de campo.

Na manhã de hoje, a manchete da Reuters foi: “Clima errático ameaça a nova safra recorde do Brasil”. Além disso já existem também preocupações sobre a possibilidade de que ocorra um atraso na chegada desta nova oferta ao mercado, o que deixa a soja americana ainda mais atraente para os compradores.

Segundo o Grupo Labhoro, “os modelos GFS (americano) e ECMWF (europeu) seguem reduzindo os níveis de chuvas para o Norte brasileiro e mantêm os altíssimos níveis pluviométricos para o Sul do País”. “O GFS, atualizado nesta manhã, indica para os próximos 10 dias, precipitações de moderadas a fortes para o Sudoeste do PR, SC e RS. Fortes a extremamente fortes pontualmente para o Nordeste e Sul do RS.

Leves acumulados são previstos para grande parte do MT, TO, Sul do MA, Sul da BA, Norte de MG, Leste do MS e Oeste de SP”, complementa a consultoria.

Uma demanda maior pela oleaginosa dos EUA também faz parte do cenário positivo para os preços. Nesta semana, informações que circularam no mercado dão conta de que a China segue comprando soja nos EUA e teria adquirido de 6 a 10 cargos da oleaginosa americana nos últimos dias.

USDA – Vendas

Exportadores reportaram ao USDA a venda de 131.150 toneladas de soja do ano comercial 2023/24 para o Destinos desconhecidos.

Milho fecha em alta com movimento de correção

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em alta, após duas sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 7,25 centavos, com o dezembro cotado a US$ 4,77¼ (+1,54%) e o março/24 a US$ 4,92¼ (+ 1,49%) o bushel. O dezembro na mínima do dia (US$ 4,68), registrou a menor cotação desde 19 de setembro. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 0,73% e o março de 0,45%.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram ganhos de 6,50 a 7 centavos, com o dezembro cotado a US$ 5,72½ (+ 1,24%) e o março/24 a US$ 5,99¼ (+ 1,10%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 0,52% e o março de 0,54%.

Segundo a Agrifatto, as quedas do milho nas últimas sessões ocorreram porque o mercado estava focado apenas na colheita da safra norte-americana, estimada acima de 380 milhões de toneladas, que está entrando em sua reta final.

No entanto, as chuvas durante o desenvolvimento da safra de verão no Brasil podem atrasar a evolução das lavouras e comprometer a janela de plantio da segunda safra, a mais importante em termos de volume.

O trigo, por sua vez, fechou em alta. Segundo a Consultoria Granar, a desvalorização do dólar em relação ao euro é um fator positivo nesta reta final da semana porque fortalece o poder de compra dos importadores europeus em relação ao trigo americano.

Plantio – Argentina

Nesta quinta-feira (02), o Ministério da Agricultura da Argentina e a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) divulgaram os seus relatórios sobre as principais culturas do país vizinho e destacaram os trabalhos de plantio da safra 2023/24 de milho avançando no território argentino.

Segundo o Ministério plantio atingiu 24% da área estimada de 10.366 milhões de hectares, enquanto segundo a BCBA o plantio atingiu 23,40% da área de 7.300 milhões de hectares.

Os técnicos da BCBA classificaram 20% das lavouras em excelentes ou boas condições, com 67% em condições médias e as 13% restantes em condições regulares ou ruins.

Ucrânia

A Ucrânia já colheu mais de 67 milhões de toneladas de grãos e sementes oleaginosas da nova safra de 2023 até o momento, informou o Ministério da Agricultura ucraniano nesta sexta-feira.

O Ministério não forneceu dados comparativos.

A Pasta informou que 47.2 milhões de toneladas de grãos e cerca de 20 milhões de toneladas de sementes oleaginosas foram colhidas. A colheita termina no final deste ano, dependendo do clima.

O volume colhido incluiu 22.4 milhões de toneladas de trigo, 5.9 milhões de toneladas de cevada, 398.200 toneladas de ervilhas, 17.1 milhões de toneladas de milho e contribuições menores de outros cereais.

O Ministério também informou que os agricultores colheram 4 milhões de toneladas de colza e 11.3 milhões de toneladas de sementes de girassol.

Por Equipe SNA
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