Soja fecha em alta com movimento de correção

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta, após três sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 9,50 a 16,25 centavos, com o setembro/23 cotado a US$ 13,86¾ (+ 1,19%) e o novembro/23 a US$ 13,41¼ (+ 0,71%) o bushel. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 4,43% e o novembro de 5,56%.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em alta, após três sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 2,40 a US$ 4,30, com o setembro cotado a US$ 428,10 (+ 1,01%) e o dezembro a US$ 398,30 (+ 0,61%), a tonelada curta. Nas últimas cinco sessões, o dezembro registra uma queda de 4,18%.

O óleo de soja fechou em alta, com o dezembro registrando um ganho de 1,38% e na mínima do dia (59,09) registrando a menor cotação desde 13 de julho. Nas últimas cinco sessões, o dezembro registra uma queda de 5,42%.

A soja fechou em alta em uma sessão volátil com movimento de correção e de realização de lucros mesmo diante dos novos dados divulgados pelo USDA em seu relatório semanal de acompanhamento de safras. O relatório indicou uma nova redução no percentual de lavouras de soja em boas ou excelentes condições de 54% para 52%, enquanto o mercado esperava 53%. No ano passado, neste mesmo período, o percentual era de 60%. O milho também teve o percentual das lavouras em boas ou excelentes condições reduzido.

Apesar disso, o movimento dos preços ainda é limitado pelas previsões indicando mais chuvas e temperaturas mais amenas para o Corn Belt nos próximos dias, além do mercado já estar se preparando para o novo boletim mensal do USDA que será divulgado no dia 11 de agosto e sobre o qual as expectativas estão, principalmente, sobre a produtividade norte-americana.

Os mapas climáticos seguem indicando volumes melhores de precipitações para os próximos sete dias, com chuvas consideráveis em estados-chave como Illinois, Iowa, Minnesota, as Dakotas e Nebraska, como mostra a imagem abaixo.

Nas previsões mais longas, os mapas apontam para temperaturas mais amenas e chuvas acima da média. As imagens abaixo são para as previsões do NOAA para os próximos 6 a 10 dias nos EUA.

Óleo de Palma – Malásia

Os preços do óleo de palma bruto da Malásia serão negociados a 3.700-4.200 ringgit por tonelada no 2º semestre de 2023 e permanecerão apoiados no longo prazo, informou a agência estatal Conselho de Óleo de Palma da Malásia (MPOC, na sigla em inglês) nesta terça-feira.

Em 2024, há uma forte possibilidade de que os preços subam acima de 4.300 ringgit (US$ 952,38) a tonelada, disse o Vice-Diretor do MPOC, Mohd Izham Hassan, em um webinar.

Isso se deve às incertezas do mercado, incluindo as relacionadas ao fornecimento de óleo de girassol da Ucrânia e à produção de óleo de palma da Malásia, que tem ficado abaixo das estimativas, disse Mohd Izham.

A produção no segundo maior produtor mundial durante o 1º semestre de 2023 foi quase 3% menor do que no mesmo período do ano passado, indicou Mohd Izham.

O vencimento mais negociado do contrato futuro do óleo de palma bruto da Malásia caiu 7% até agora este ano. Ele foi negociado a 3.882 ringgit (US$ 859,80) nesta terça-feira, enquanto os traders avaliavam uma queda nos preços do óleo rival e preocupações com a oferta.

Mohd Izham estimou que os maiores compradores, Índia e China, importariam um total combinado de 16.5 milhões de toneladas de óleo de palma até dezembro de 2023, contra 15 milhões de toneladas em 2022.

Soja – Safra 2023/24

A safra de soja do Brasil na nova temporada (2023/24) foi estimada nesta terça-feira em recorde de 163.5 milhões de toneladas, aumento de 3,70% em relação à safra anterior, informou a consultoria StoneX em relatório.

Em sua primeira estimativa para a safra de soja 2023/24, a StoneX condicionou o recorde a um aumento na área plantada e na produtividade média nacional.

A máxima histórica para a safra que será plantada a partir de setembro seria atingida com um aumento de 2,10% na área plantada, para 45.1 milhões de hectares.

O aumento seria bem mais moderado que o histórico recente, “uma vez que a queda de preços em 2023 apertou a margem do produtor”, indicou a especialista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi, em comunicado.

Milho fecha em baixa influenciado pelo trigo

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa pela sexta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 5,75 a 7 centavos, com o setembro cotado a US$ 4,97 (- 1,39%) e o dezembro a US$ 5,07¼ (- 1,12%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 4,96½), registrou a menor cotação desde 18 de julho e o dezembro na mínima do dia (US$ 5,05½) registrou a menor cotação desde 19 de julho. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 10,76% e o dezembro de 10,13%.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa pela quinta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 13,50 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,52¼ (- 2,03%) e o dezembro/23 a US$ 6,78¼ (- 1,95%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 6,43¼), registrou a menor cotação desde 18 de julho e o dezembro na mínima do dia (US$ 6,69¼) registrou a menor cotação desde 18 de julho. Nas últimas cinco sessões, o setembro registra uma queda de 14,14% e o novembro de 13,03%.

Milho – Safra 2023/24

Sobre o plantio da primeira safra de milho em 2023/24, a StoneX estima uma área de 4.1 milhões de hectares levemente abaixo dos 4.2 milhões de hectares estimados no ciclo anterior.

Contudo, a redução na área plantada foi compensada por um aumento na produtividade nacional, que deve ser de 6,93 toneladas por hectare, puxada principalmente por uma perspectiva mais favorável para o rendimento no Rio Grande do Sul.

“Na temporada 2022/23 as lavouras gaúchas foram intensamente afetadas pelo La Niña mas, na próxima safra, 2023/24, é esperado que a ocorrência do El Niño beneficie não só as lavouras do Estado, mas da Região Sul como um todo”, indicou o analista de inteligência de mercado do grupo, João Pedro Lopes.

Em relação à colheita da primeira safra de milho, a StoneX indicou que embora a redução dos preços e consequentemente da margem do produtor de milho não estimulem o plantio, a produção deve aumentar apenas 0,10%, totalizando 28.6 milhões de toneladas.

Para o balanço da safra 2022/23, a consultoria elevou a estimativa das exportações brasileiras em 1 milhão de toneladas, para 51 milhões de toneladas. “Mesmo assim, como houve novo aumento da produção, os estoques finais aumentariam para 18.5 milhões de toneladas, cenário consideravelmente mais confortável que o registrado nas últimas safras”, indicou a StoneX.

MT

O IMEA (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório com atualizações da safra de milho.

O preço do milho no Mato Grosso segue registrando fortes quedas desde o início de 2023.

Na semana do dia 28 de julho, o preço médio foi de R$ 33,23 a saca no Estado, após registrar uma desvalorização de 43,18% em relação ao mesmo período do ano passado, que estava a R$ 58,48 a saca.

Segundo o IMEA, “esse cenário é decorrência do aumento da disponibilidade do cereal no mercado interno, do déficit de armazenagem e da perspectiva de uma produção de 50.15 milhões de toneladas, 14,39% a mais do que a safra 21/22”.

Os técnicos do Instituto também não estimam um cenário mais positivo no futuro para essas cotações. “Além da forte pressão interna, para as próximas semanas o preço do cereal poderá ainda ser impactado pelas oscilações da CBOT devido à produção da safra americana ainda estar em aberto e ao aumento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia”.

Ao mesmo tempo, a colheita da safra de milho segue avançando no Mato Grosso e se encaminha para o final. Até a última sexta-feira (28), havia atingido 91,62% da área plantada, um percentual menor do que os 97,95% do mesmo período de 2022 e do que os 92,63% da média dos últimos cinco anos.

Por Equipe SNA
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