Soja em Chicago inicia a semana em alta e clima na América do Sul segue no radar do mercado

Os contratos futuros da soja em Chicago fecharam em boa alta e intenso monitoramento do clima na América do Sul. Os principais vencimentos registraram ganhos de 9,75 a 10,25 centavos, com o janeiro/18 fechou cotado a US$ 9,59 ¼, o março/18 a US$ 9,70 ½ e o maio/18 a US$ 9,81 ½.

Os contratos futuros do farelo de soja fecharam em alta, com os principais vencimentos registrando ganhos de US$ 2,40 a US$ 2,70 por toneladas curta. O março/18 fechou cotado a US$ 319,40 e o maio/18 a US$ 322,60.

Os contratos futuros do óleo de soja também fecharam em alta, com os principais vencimentos registrando ganhos de 46 a 49 centavos por libra peso. O março/18 fechou cotado a 33.42 centavos por libra peso e o maio/18 a 33.59 centavos por libra peso.

O clima na América do Sul continuou no radar do mercado diante das contradições apresentadas pelos modelos meteorológicos.

Na semana encerrada em 21/12, os EUA exportaram 1.283 milhão de toneladas de soja, 28,43% abaixo do total exportado na semana anterior e 25,42% abaixo do mesmo período de 2016.

Os fundos inverteram a sua posição líquida comprada para vendida em 12/19 por 60.526 contratos em uma semana. Sua posição líquida vendida era de 40.771 contratos futuros e de opções de soja nessa data.

As importações chinesas de soja totalizaram 8.684 milhões de toneladas em novembro, que é 10,83% acima de novembro de 2016. As importações dos EUA foram de 4.662 milhões de toneladas, que ainda está 17,1% abaixo de novembro de 2016, enquanto as importações do Brasil chegaram a 2,76 milhões de toneladas, 280% acima de novembro do ano passado.

O mercado também segue atento ao comportamento dos fundos nesta última semana do ano, que pode ser de Reposicionamento e ajustes de Carteira.

Contexto econômico no Brasil

No cenário brasileiro, segue ainda na pauta dos investidores a questão sobre o possível rating do Brasil junto às principais agências de classificação de risco. Segundo a Bloomberg, a Standard & Poor’s afirmou ao Ministério da Fazenda que deve tomar sua decisão sobre o rating do Brasil ainda nesta semana. A S&P não anuncia decisões desse porte em ano eleitoral, por isso a intenção da decisão até sexta-feira.

As demais agências devem aguardar votação da reforma da Previdência em fevereiro.

Milho

Os contratos futuros do milho negociados na CBOT fecharam em leve alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 0,50 a 0,75 centavos. O março/18 fechou cotado a US$ 3,52 ¾ e o maio/18 a US$ 3,61 o bushel.

O USDA divulgou a venda de 134.148 toneladas de milho da safra 2017/18 para o México.

Foram exportadas 609.281 toneladas na semana encerrada em 21/21. Esse número está 4.33% abaixo do exportado na semana anterior e 37.95% abaixo da mesma semana de 2016. As exportações do milho no ano comercial 17/18 totalizam 9.842 milhões de toneladas, 40,03% abaixo do total do ano comercial anterior nesse mesmo período.

Preços e possível fenômeno climático não animam os produtores de MT

Diante dos preços desvalorizados do cereal e da possível confirmação do fenômeno La Niña para o próximo ano, o cultivo do milho não vem animando a destinação de áreas para a safra 2017/2018 que, aliado ao atual ponto de equilíbrio a R$ 19,23/saca para o milho de alta tecnologia no Estado, pode resultar na redução de investimentos em tecnologia neste momento de inseguranças climáticas. Segundo avaliação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), esse cenário reflete na perspectiva de redução da produção em 18,75% em relação a safra anterior, ficando estimada em 24.75 milhões de toneladas.

Além disso, a paridade de exportação para julho de 2018 não está apresentando preços significativos, dado que trabalhou até o momento a uma média de R$ 14,27/saca. “Cabe salientar que as perspectivas de produtividade recorde na safra norte-americana podem continuar pesando sobre as cotações na CBOT, enquanto que o dólar, apesar de estar apresentando reação na reta final de 2017, continua sendo uma incógnita, em vista de que as possíveis reformas políticas nacionais e internacionais, preteridas no atual governo, podem influenciar na direção do câmbio neste próximo ano”, avalia o Imea.

Para os analistas do instituto, diante de um cenário de incertezas quanto ao futuro da safra e do direcionamento dos preços, “ainda restam 83,6% da produção (safra 2017/18) estimada a ser comercializada, necessitando da atenção do produtor ao mercado durante as negociações, a fim de garantir sua rentabilidade”.

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