Os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam ontem (21/1) subindo 0,69% sobre rodas nos portos, a R$ 76,22/saca, e reduzindo as perdas de janeiro para 4,93%. A informação faz parte da pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No interior, a alta foi maior, de 1,19%, para R$ 71,66/saca, reduzindo a perda de janeiro para 3,29%.
“Os preços da soja no Brasil fecharam em alta pelo terceiro dia consecutivo, em que pese a indolência do mercado. Sem a importante referência de Chicago e com prêmios inalterados, o que pesou mesmo foi o comportamento do dólar, que fechou em alta de 0,07% mas que, durante a sessão, chegou a registrar alta de 0,67%”, disse o analista da T&F Consultoria Agroeconômica Luiz Fernando Pacheco.
“Também pesaram na alta dos preços os problemas climáticos no Brasil (chuvas excessivas em todo o oeste do Rio Grande do Sul) e alguns danos já levantados nos estados do Paraná para cima, que poderão impulsionar as cotações nas próximas semanas”, acrescentou o analista.
No Rio Grande do Sul houve poucos negócios. “Com a exportação praticamente parada (no estado só irá retornar com força em março/abril), os negócios se voltam para o mercado interno que, no entanto, tem um problema: os maiores fornecedores de farelo tem fábrica de biodiesel”, assinalou Pacheco.
“Quando acontece algum leilão do governo para biodiesel, essas empresas ficam loucas para esmagar para cumprir contratos com o governo. Logo, sobra farelo. Como o RS precisa vender o farelo para esmagar mais soja, joga o preço lá em baixo”, explicou o analista da T&F.
No Mato Grosso do Sul, os preços não ajudam, mesmo com a alta de dólar. O vendedor espera R$ 70,00 e comprador fala em 67,00 FOB Dourados. No Mato Grosso, as negociações são apenas para atender a demanda financeira para despesas de início de safra.
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