Soja convencional tem boa rentabilidade para 2020/21

Uma estimativa do Instituto Soja Livre aponta que a safra 2020/2021 de oleaginosa convencional deve ter boa rentabilidade, apesar da redução de área verificada nos estados produtores. Segundo o levantamento, devem ser cultivados cerca de 600.000 hectares em Mato Grosso, próximo de 6% da área total de 10.21 milhões de hectares estimados.

“O que sempre frisamos é que os prêmios pagos pela soja convencional se mantenham por pelo menos dois anos. Desta forma, toda a cadeia pode se organizar para atender a demanda. Neste momento, já projetamos algum aumento para as próximas safras”, disse o Presidente do Instituto Soja Livre, Endrigo Dalcin.

A área prevista de soja convencional em Goiás está em torno de 53.000 hectares, e juntamente com Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso do Sul produzem 90% da soja convencional brasileira.

Para Davi Depiné, Diretor de Fomento da Caramuru Alimentos, associada ao Instituto Soja Livre, o aumento do dólar não tornou atraente o preço pago pela saca de soja convencional: “Os preços da soja subiram muito. Então, os prêmios praticados não foram vantajosos para o produtor rural. Mesmo com o bônus, ainda não chegamos ao preço pago pela soja GMO”.

Estênio Carvalho, Gerente Regional da Caramuru Alimentos, disse que o trabalho em variedades mais precoces e produtivas de soja convencional podem fazer com que os agricultores optem por ampliar a área de plantio. “Já temos parceria com Embrapa e Universidade de Viçosa para estas variedades, a Agronorte também tem algumas, assim como a TMG. O mercado de soja convencional vem se preparando para atender a esta demanda. Temos que seguir as regras do consumidor, que é a Europa, e eles são muito preocupados com a questão ambiental”, disse.

Agrolink 

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