Após 10 sessões consecutivas de altas, o mercado futuro da soja registra uma realização de lucros na Bolsa de Chicago. Por volta das 11h15 (Horário de Brasília), os principais vencimentos estavam em baixa de 5,50 a 6 centavos, com o novembro/17 cotado a US$ 10,33 ¼ o bushel.
O recuo acontece mesmo depois da revisão negativa do percentual de lavouras de soja em boas ou excelentes condições nos Estados Unidos divulgada pelo USDA no final da tarde de ontem.
Apesar desse ajuste nos preços, analistas e consultores acreditam que o mercado em Chicago ainda tenha espaço para novas altas caso as condições adversas de clima permaneçam por mais tempo no Meio-Oeste americano. “Tirando o desastre da safra de 2012, essas são as piores condições para o milho, em nove anos”, disse o analista Joe Lardy, da CHS Hedging ao portal Agrimoney.
Ao mesmo tempo, enquanto chegam as informações das lavouras da safra 2017/18, o mercado espera pelo novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA divulgará nesta quarta-feira, 12 de julho, e as atenções estão voltadas para os estoques da safra velha norte-americana e para as estimativas de produtividade da safra nova.
Os estoques trimestrais divulgados pelo USDA no último dia 30 ficaram abaixo das expectativas do mercado, mostrando a força da demanda e agora as correções são esperadas. Os números do USDA para os estoques de 1º de junho de 2017 vieram em 26.21 milhões de toneladas, abaixo da média das expectativas de 26.7 milhões de toneladas.
Após ganhos expressivos, milho recua na CBOT
Os contratos futuros do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) estão em baixa. Por volta das 11h15, os principais vencimentos registravam quedas de 4 a 4,25 centavos. O vencimento setembro/17 estava cotado a US$ 3,98 o bushel, enquanto o dezembro/17 era negociado a a US$ 4,19 ½ o bushel.
O mercado sofre um movimento de realização de lucros após os ganhos expressivos registrados recentemente. Segundo as agências internacionais, o mercado esperava mais um dia de alta depois do USDA haver revisado para baixo o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições, de 67% para 65%.
“Tirando o ano do desastre, 2012, está é a classificação mais baixa para essa semana em nove anos. A média de três anos para essa época do ano é de 73%”, disse Joe Lardy na CHS Hedging, em entrevista ao Agrimoney.com.
Entretanto, o mercado já se prepara para o boletim de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta quarta-feira (12/7). Inclusive, já circulam rumores no mercado de que o USDA pode revisar os rendimentos das lavouras de milho para essa temporada.
Em junho, a produtividade das plantações de milho foi estimada em 180,67 sacas por hectare. Alguns analistas já estimam um rendimento próximo de 169,35 sacas por hectare.
Enquanto isso, as previsões do tempo permanecem inalteradas. As temperaturas elevadas e chuvas abaixo da média continuam sendo previstas para grande parte do Corn Belt, no momento em que as lavouras entram em fase de polinização, uma das mais importantes para a cultura.