Soja: com a alta do dólar, preços sobem mais de 2% no Porto de Paranaguá

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, devolvendo boa parte dos ganhos de ontem, com os principais vencimentos registrando quedas de 6,25 a 6,75 centavos. O novembro/18 fechou cotado a US$ 8,33 ¼ e o janeiro/19 a US$ 8,47 o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT também fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 3,10 a US$ 3,50. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 314,90 e o janeiro/19 a US$ 314,70 a tonelada curta.

“Os preços da soja caíram, com os traders se preocupando com problemas comerciais não resolvidos com a China, já que uma safra potencialmente recorde nos EUA está próxima”, informou o portal Farm Futures.

Ainda ontem, o presidente Donald Trump, afirmou que os EUA não estão sob pressão para negociar com a China. No início do dia, a nação asiática teria informado que “recebeu bem o convite dos Estados Unidos para realizar uma nova rodada de discussões comerciais, no momento em que Washington se prepara para intensificar a guerra comercial entre os dois países com tarifas sobre 200 bilhões de dólares em bens chineses”, segundo a Reuters.

Além disso, o consultor Carlos Cogo, informou que a queda também é um reflexo retardado das novas estimativas divulgadas pelo USDA na quarta-feira. O órgão revisou para 127.72 milhões de toneladas a produção de soja no país nesta temporada.

No boletim de agosto, safra foi estimada em 124.81 milhões de toneladas. Já a produtividade aumentou de 57,83 sacas para 59,17 sacas por hectare.

“No mesmo dia desse relatório tivemos uma confirmação do Governo da China de que as importações de soja da temporada 2018/19 irão recuar bem acima do esperado. Dois fatores que combinados geram uma pressão baixista no curto, médio e longo prazo”, disse o consultor.

Mercado interno

Com a forte alta do dólar, os preços da soja subiram nos portos brasileiros ontem (13/9). Em Paranaguá, a saca no mercado disponível subiu 2,08% e foi cotada a R$ 98,00, já no mercado futuro, a saca para entrega em março/19, registrou alta de 2,33%, cotada a R$ 88,00.

Em Rio Grande, a saca no mercado disponível subiu 0,54%, sendo cotada a R$ 93,00. No mercado futuro, a saca para entrega em outubro/18, registrou valorização de 0,54%, sendo cotada a R$ 93,50.

No mercado interno, a saca da soja subiu 2,78% no Oeste da Bahia e foi cotada a R$ 74,00. Na região de Primavera do Leste (MT), a alta foi de 2,47%, com a saca cotada a R$ 83,00. Segundo levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, outras praças também apresentaram ganhos nesta quinta-feira.

Segundo o consultor Carlos Cogo, novas altas ainda podem ocorrer entre os meses de outubro e novembro. Teremos uma escassez interna e mantemos o bom ritmo de exportação, os prêmios voltaram a subir e temos um dólar acima de R$ 4,10. Teremos um momento de venda física de soja até novembro, o produtor deve fazer médias, disse.

Frete

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) está questionando a legalidade das multas aplicadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nos últimos dias nas estradas brasileiras pelo descumprimento da tabela de fretes rodoviários de cargas.

Milho: diante da estimativa de grande safra nos EUA, mercado volta a fechar em queda na CBOT

Os contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago voltaram a fechar em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 2 a 2,25 centavos. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 3,50 ½ e o março/19 a US$ 3,62 ¾ o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT voltaram a fechar em forte baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 8,25 a 9,75 centavos. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 4,97 e o março/19 a US$ 5,17 ¾ o bushel.

O mercado permanece em queda, após recuar quase 4% no dia anterior depois dos números de oferta e demanda do USDA. “A previsão maciça de colheita do USDA continua a dar tom de baixa sobre o mercado de milho”, informou a Reuters.

O USDA estimou ontem a safra americana em 376.63 milhões de toneladas, contra as 370.51 milhões de toneladas estimadas em agosto. A produtividade subiu de 186,62 sacas para 189,65 sacas do grão por hectare. E os estoques ficaram em 45.06 milhões de toneladas, bem acima do indicado no boletim anterior, de 42.77 milhões de toneladas.

USDA divulgou vendas de 142.800 toneladas de milho da safra 2018/19 para a Costa Rica.

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