Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa, com os principais vencimentos registrando queda de 6 a 6,75 centavos. O janeiro/18 fechou cotado a US$ 9,85 ¾ e o maio/18 a US$ 10,08 ½ o bushel.
O mercado futuro norte-americano segue registrando movimentos técnicos, ainda sem força para definir uma tendência diante da falta de informações importantes sobre seus fundamentos.
Apesar da demanda forte; a boa oferta nesse momento e o desenvolvimento ainda sem grandes sobressaltos da nova safra da América do Sul mantêm o mercado pressionado.
Nem mesmo o anúncio de novas vendas pelo USDA nesta quinta-feira e as vendas semanais dentro das expectativas do mercado, foram suficientes para dar um alento às cotações.
O USDA anunciou nesta quinta-feira (30/11) a venda de 657.000 toneladas de soja da safra 2017/18, sendo 525.000 toneladas para a China e 132.000 toneladas para destinos não revelados.
Na semana encerrada em 24 de novembro, os EUA venderam 942.900 toneladas de soja da safra 2017/18, enquanto as expectativas do mercado variavam de 800.000 a 1.2 milhão de toneladas. A China segue como principal destino da oleaginosa norte-americana. No ano comercial, as vendas já chegam a 34.395.000 toneladas, contra um pouco mais de 41 milhões de toneladas no ano comercial anterior nesse mesmo período. A estimativa do USDA para o ano comercial é de que as exportações somem 61.240.000 toneladas.
O boletim semanal do USDA mostrou também vendas de 176.600 toneladas de farelo de soja, sendo a maior parte adquirida pelo México e 11.600 toneladas de óleo de soja, com a República Dominicana respondendo pela maior parte das compras.
Segundo analistas internacionais, os finais de mês são conhecidos por preços mais fracos em Chicago. Os fundos aproveitam esse período para consolidar suas carteiras e realizar lucros, com a possibilidade de atrair mais ‘dinheiro novo’ no início de um novo mês.
No clima da América do Sul, poucas mudanças. No Brasil, as previsões mais atualizadas indicam que a partir desta quinta-feira, chuvas mais volumosas chegarão ao Matopiba, o que pode favorecer o desenvolvimento dos trabalhos de campo. A região Centro-Oeste também tem previsão de chuvas para os próximos dias.
No Tocantins, apesar de problemas pontuais sendo registrados no sul do estado, o plantio já está concluído em 70% da área e no Piauí, algo entre 65% e 70%. Segundo o Presidente da Aprosoja PI, o avanço chega, inclusive, a superar o ritmo do ano anterior.
Na Argentina, o destaque continua sendo a região de Córdoba, aonde finalmente as chuvas chegaram, mesmo que ainda não de forma adequada e principalmente satisfatória. No entanto, em função da queda de granizo na região, alguns danos foram registrados em propriedades locais.
Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) em seu Panorama Agrícola Semanal (PAS), durante a última semana, os progressos do plantio de soja na Argentina se concentraram em Córdoba, sul de Santa Fe, Entre Ríos e setores de Buenos Aires.
As chuvas registradas nas últimas 24h melhoraram a condição hídrica do solo e é provável que os trabalhos sejam mais fluídos nos próximos dias.
As primeiras áreas plantadas transitam etapas vegetativas em boas condições, enquanto o norte do país ainda não plantou devido à falta de umidade nos perfis.
Foram plantadas até agora 42,5% da área estimada, registrando um progresso semanal de 8,3% e refletindo um atraso anual de 3,5%, ocasionado pela falta de umidade.
Também foram identificados os primeiros plantios de soja de segunda etapa nas regiões núcleo sul e centro-oeste de Entre Ríos.
O dólar comercial voltar a fechar em forte alta de 0,97%, cotado a R$ 3,2716 para venda.
Milho
Dando sequência ao movimento de ontem e apesar da queda da soja, os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em alta, com os principais vencimentos registrando ganhos de 2 a 2,75 centavos. O dezembro/17 fechou cotado a US$ 3,41 ¾ e o março/18 a US$ 3,55 ¾ o bushel.
Os EUA venderam 599.200 toneladas de milho na semana encerrada em 24 de novembro, contra a expectativa do mercado de 700.000 a 1.1 milhão de toneladas. A maior parte foi adquirida pelo México. Assim, no ano comercial, as vendas já totalizam 22.022.700 toneladas, ainda bem abaixo das mais de 30 milhões de toneladas do ano comercial anterior nesse mesmo período. O USDA estima que as vendas totais do cereal cheguem a 48.900.000 toneladas.
Os EUA venderam também 184.400 toneladas de trigo, enquanto as expectativas do mercado variavam de 250.000 a 450.000 toneladas. O principal destino do grão foi a Colômbia.
O USDA anunciou também a venda de 132.000 toneladas de sorgo da safra 2017/18 para a China.