Um estudo realizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB) e divulgado no início de maio, destacou a expectativa de aumento dos embarques da soja brasileira para os países árabes.
Boa parte da commodity segue para a produção de ração animal, visto que os países árabes vêm avançando na produção de proteína animal, com destaque para a criação de bovinos na Arábia Saudita, Catar, Omã e Tunísia.
As exportações para o Oriente Médio, no primeiro trimestre deste ano, resultaram em US$ 157 milhões em receitas, sendo a Arábia Saudita e Irã os países que mais importaram.
O avanço da vacinação contra a Covid-19 no bloco representa um fator de alavancagem das exportações do Brasil para a região, na medida em que a redução no número de casos viabiliza o fortalecimento da atividade econômica.
Segundo Omar Chahine, gerente de Relações Internacionais da Cdial Halal, para que a expansão do mercado seja possível, as indústrias e produtores brasileiros precisam se adaptar às exigências da jurisprudência islâmica, ou seja, os produtos precisam ter a certificação halal.
Recorde
O Brasil é uma potência mundial da soja e nesta safra espera registrar mais um recorde na produção, superando as 135 milhões de toneladas.
As exportações da soja registraram novo recorde no mês de abril, quando foram embarcadas 17.3 milhões de toneladas, o que representou 27,10% do total das vendas brasileiras do mês, segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex). Comparado ao mesmo mês do ano passado, o aumento dos embarques foi de 17%.
Os últimos levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que a estimativa é fechar o ano com 85.6 milhões toneladas de soja exportadas, batendo o recorde do ano de 2018, quando foram exportadas 83.2 milhões de toneladas. Com isso, novos mercados se abrem diante deste potencial.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA