Soja brasileira em alta com demanda aquecida

As cotações da soja tiveram na sexta-feira (6/7) um dia de altas no mercado físico brasileiro, influenciadas pela queda do dólar (1,67%) e alta da Bolsa de Chicago (5,05%). Segundo os índices do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em média os preços subiram 0,06% nos portos e 0,95% no interior do País.

Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, os prêmios da soja brasileira também caíram 1,69%, mesmo com a forte alta das cotações em Chicago. “Deveriam cair proporcionalmente mais, o que realmente poderá acontecer nesta semana que entra. Atenção, portanto”, disse.

“A demanda está muito forte para a soja brasileira e a diferença (spread) entre os preços da soja americana e da brasileira está muito alto, tanto que Abiove já fala em importar soja americana para esmagadores”.

Contudo, acrescentou Pacheco, “mesmo com estas correções, estamos ainda 12% abaixo do que já estivemos no início deste ano, no mercado de lotes e, no mercado de balcão, na pedra, estamos 3% mais abaixo do que já estivemos. Portanto, quem está bancando boa parte do preço neste momento é o dólar”.

Segundo o especialista, os lucros líquidos dos agricultores continuam altos: fecharam a semana ao redor de 60% nos estados de São Paulo e Paraná; próximo de 50% em Santa Catarina; perto de 40% nos estados de Minas e Rio Grande do Sul; ao redor de 30% em Mato Grosso do Sul, Maranhão e Tocantins, e entre 20% e 30% na Bahia e Goiás.

“Por isto, este foi um ano excelente para os agricultores (todos os grãos estão com preços altos) e a soja promete níveis altos para o próximo ano também”, afirmou Pacheco.

 

Fonte: Agrolink

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