Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam em baixa,. Os principais vencimentos registraram quedas de 3,25 a 3,50 centavos. O janeiro/19 fechou cotado a US$ 8,83 ¼ e o março/19 a US$ 8,96 ¾ o bushel.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam praticamente estáveis. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 0,10 a perdas de US$ 0,40. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 305,60 e o janeiro/19 fechou cotado a US$ 307,50 a tonelada curta.
Analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque disse que o mercado está em compasso de espera. Desde que Donald Trump divulgou conversas com o presidente chinês, as notícias passaram a ter um teor animador, mas ainda há uma incerteza sobre a demanda da maior safra da história dos Estados Unidos.
Essa questão, portanto, causa certo pessimismo e existe uma pressão fundamental que impede que o mercado volte a subir.
O esmagamento norte-americano, por sua vez, está acima da média, bem como as vendas para outros destinos que não a China. A soja barata chama a atenção de outros compradores. Uma definição sobre a questão com o país asiático deve ocorrer na reunião do G-20 neste mês.
No Brasil, os produtores seguem retraídos, embora a demanda chinesa tenha mantido os prêmios altos nos portos.
Plantio da soja em Mato Grosso chega a 62% da área total
Mato Grosso está na liderança do plantio da safra de soja. Os produtores já plantaram 62% da área estimada até o final da última semana. Na semana anterior, o plantio atingia 34%. No mesmo período do ano passado a área semeada era de 27%. O levantamento semanal é da AgRural.
“Apesar do ritmo acelerado dos trabalhos, a distribuição das chuvas ainda deixa a desejar no estado, com bons volumes em algumas e regiões e acumulados ainda abaixo da média em outros”, indica o relatório da consultoria.
Em nível nacional, a estimativa é de que 34% da área já foi semeada. “Esse percentual garante à safra 2018/2019 sua manutenção no posto de plantio mais acelerado, à frente dos 28% plantados até a mesma data da safra 2016/2017.”
O Paraná está com 48% da área contra 40% uma semana antes. A continuidade das chuvas acima da média diminuiu o ritmo do plantio.
Milho: Mercado tem sessão volátil, mas trigo garante fechamento em alta na CBOT
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em leve alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 0,75 a 1,50 centavos. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 3,71 ¼ e o março/19 a US$ 3,82 ¼ o bushel.
Os contratos futuros do trigo na Bolsa de Chicago terminaram com forte alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 14,25 a 17,75 centavos. O dezembro/18 fechou cotado a US$ 5,19 ¾ e o março/19 a US$ 5,26 ½ o bushel.
A alta foi impulsionada pela forte valorização dos contratos do trigo nesse início de semana, segundo a Reuters. As cotações do cereal fecharam em alta de mais de 3%.
De acordo com analistas consultados pela Reuters,”os contratos futuros de trigo dos EUA subiram mais de 3% na segunda-feira em um movimento de cobertura de posições vendidas por parte dos fundos de investimentos e com as expectativas de uma recuperação nos negócios de exportação”.
Além disso, as agências internacionais reforçam que o mercado aguarda novas notícias para um direcionamento aos preços, especialmente em relação à safra norte-americana.
As informações serão atualizadas amanhã (13/11) devido ao feriado do Dia dos Veteranos, comemorado nesta segunda-feira nos Estados Unidos. O boletim de embarques semanais também será divulgado amanhã.
Plantio do milho de verão alcança 82% da área no centro-sul
O plantio do milho verão da safra 2018/19 alcançou 82% da área estimada para o centro-sul do Brasil na última quinta-feira (8/11), segundo a AgRural. O percentual representa um avanço de 17% na semana e é bem superior aos 55% de igual período do ano passado e aos 63% da média dos últimos cinco anos.
Os trabalhos estão praticamente finalizados no Sul do País. O Paraná é o único estado da região que está plantando milho de verão, com a semeadura realizada em 98% da área prevista. O ritmo do cultivo também é acelerado em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, onde já foi feito em 79%, 67% e 60% de suas áreas, respectivamente.
Mercado brasileiro
Levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Tangará da Serra (MT), mostra que a saca subiu 15%, sendo cotada a R$ 23,00.
Ainda no estado, na região de Campo Novo do Parecis, a alta foi de 5,00%, com a saca cotada a R$ 21,00. Já no Oeste da Bahia, a saca registrou alta de 1,56%, sendo cotada a R$ 32,50. Na contramão desse cenário, em Sorriso (MT), a saca recuou 5,13%, sendo cotada a R$ 18,50.
Segundo boletim divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta segunda-feira, os preços do cereal voltaram a registrar valorizações em algumas regiões devido à retração dos vendedores. Entre os dias 1º a 9, o Indicador Esalq/BM&FBovespa subiu 5% na região de Campinas.
“Esse cenário se repete, principalmente nas regiões consumidoras, como São Paulo e Santa Catarina. Os produtores se afastaram do mercado, na expectativa de preços maiores nas próximas semanas, período de entressafra nacional”, informou o Cepea em seu boletim semanal.
Ainda segundo o relatório do centro de pesquisas, paralelamente, nas praças ofertantes, os preços permanecem pressionados em meio ao clima favorável e ao bom desenvolvimento da safra de verão – quadro que mantém a perspectiva de oferta elevada nos próximos meses.
Fontes: Reuters, Notícias Agrícolas e SNA