Os preços da soja subiram nas principais praças do País nesta quinta, acompanhando a alta de Chicago. Mas, a movimentação ainda esteve limitada, sentindo o impacto da queda do dólar e dos prêmios de exportação. Cerca de 50.000 toneladas foram negociadas.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 171,50 para R$ 178,00. Na região das Missões, a cotação subiu de R$ 170,50 para R$ 177,00. No porto de Rio Grande, o preço avançou de R$ 177,50 para R$ 183,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 172,00 para R$ 175,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 177,50 para R$ 183,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 168,00 para R$ 170,00. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 163,00 para R$ 165,00. Em Rio Verde (GO), a saca aumentou de R$ 164,00 para R$ 165,00.
Câmbio
O dólar comercial fechou em baixa de 1,65%, cotado a R$ 5,4550 para venda e a R$ 5,4530 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre uma mínima de R$ 5,4450 e uma máxima de R$ 5,5600.
RS
A colheita de soja no Rio Grande do Sul avançou 7% ao longo da última semana e atingiu 61% da área plantada, informou nesta quinta-feira a Emater-RS, chamando atenção para os “bons resultados”, apesar do atraso em comparação com os anos anteriores.
Segundo informativo semanal do órgão ligado ao governo gaúcho, no mesmo período da safra 2019/20 a colheita atingia 88% da área, enquanto a média histórica para o período é de 84%.
Os técnicos da Emater-RS indicaram que o clima favoreceu as operações durante a semana.
“Em muitas propriedades pequenas, a colheita já foi finalizada, com bons resultados”, informaram no comunicado.
Em lavouras remanescentes, a entidade indicou que 32% estão em fase de maturação, enquanto um percentual reduzido (7%) segue em fase de enchimento de grãos.
A Emater-RS estima que a safra de soja gaúcha registre um recorde de 20.2 milhões de toneladas nesta temporada, o que pode fazer com que o Rio Grande do Sul supere o Paraná e volte a ser o segundo maior produtor da oleaginosa no País, abaixo somente de Mato Grosso.
China
As importações chinesas de milho devem bater o recorde de 28 milhões de toneladas neste ano comercial de 2020/21, estimou o relatório do escritório de Pequim do USDA. Segundo o USDA, o país asiático ainda não terminou de reabastecer as suas reservas e aumenta a demanda interna por proteínas animais.
O mercado internacional formou consenso de que a China comprará muito mais milho do que havia sido estimado inicialmente, indica a consultoria TF Agroeconômica. Segundo os adidos do USDA que trabalham em Pequim, mais 4 milhões de toneladas precisam ser adicionadas as 24 milhões de toneladas estimadas o último relatório de oferta e demanda do USDA.
Segundo o Serviço Agrícola Estrangeiro, “a China esgotou sua reserva temporária de milho”, e tanto especuladores quanto fábricas de processamento “estão acumulando estoques de milho por medo de futuras interrupções na cadeia de suprimentos e preocupações com problemas relacionados ao clima que poderiam reduzir a produção”.
“O mercado agrícola viveu nesta quinta-feira, 22, mais um dia histórico! Na abertura do pregão e durante o dia, as cotações do milho, trigo e óleo de soja registraram novos recordes e as altas foram tão intensas que a negociação foi paralisada depois que atingiu o limite de alta estabelecido pela Bolsa de Chicago. O motivo da forte alta no dia foi a maior necessidade de milho pela China”, aponta a AgResource Brasil.
Os analistas de mercado da Consultoria estimam que esse volume pode ultrapassar as 32 milhões de toneladas. “Soma-se também o fato de que o país asiático está buscando ofertas para importar milho americano do ciclo 21/22, da safra velha, trigo da França e milho da safra nova da Ucrânia”, concluem.
Agência Safras/Agrolink/Notícias Agrícolas