
Representantes das entidades debateram inovação e tecnologia
A SNA recebeu em sua sede, na terça-feira 20 de maio, o evento “Conexão SNASH + Embrapa”, para apresentação do Radar Agtech. Trata-se de um mapeamento das startups do agro brasileiro, elaborado pela Embrapa em parceria com a SP Ventures e a Homo Ludens. No auditório da Arena SNASH (HUB de Startups da SNA), os presentes puderam assistir a uma palestra que explicou os principais detalhes do referido estudo.

Leonardo Alvarenga, CEO do SNASH, abriu o evento para agradecer a presença dos representantes da Embrapa, Vitor Mondo e Aurélio Favarin, que integram a Gerência-Geral de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da estatal, bem como sua disponibilidade em realizar a apresentação sobre o Radar Agtech.
Segundo ele, o SNASH já utiliza bastante a ferramenta em seus trabalhos, tanto na atualização da base de dados como no engajamento das startups. Leonardo complementou dizendo que o mapeamento ajuda a traçar um perfil dos projetos que integram a rede SNASH, seja pela prospecção do Hub ou para análise daquelas que se candidatam a fazer parte dele.
“Prezamos muito pela qualidade das startups que estão conosco no SNASH, e nesse processo seletivo o Radar Agtech exerce papel fundamental, para que possamos conhecer o tamanho, qualidade e escopo dos projetos que possam estar conosco.” Em seguida passou a palavra aos palestrantes.
Gênese e evolução do monitoramento

Vitor Mondo, pesquisador, falou em seguida, ressaltando que a criação do Radar Agtech visou preencher uma lacuna na base de dados sobre startups. Segundo ele, é gratificante ver o resultado do trabalho da Embrapa sendo utilizado e ajudando os empreendedores do campo, que querem estar atualizados em termos de tecnologia e networking.
“Agradeço o convite e é uma honra estar nessa Meca que é a SNA, com mais de cem anos de serviços prestados à agricultura. Ver que o mapeamento feito pelo Radar Agtech já ajuda na conexão entre ideias, inovação no campo e tecnologia, em iniciativas como o SNASH, nos dá um excelente panorama dos resultados obtidos, e queremos seguir nesse caminho, expandindo essa rede”.
Aurélio Favarin, analista, traçou as linhas gerais do projeto, que teve início em 2019. Na sua fala, ele discorreu sobre como o Radar Agtech já é a principal referência para quem busca entender o panorama das empresas de base tecnológica no setor agropecuário.

Nas palavras de Aurélio:
“Após o início dos trabalhos, em 2019, fomos incluindo novos quesitos e critérios no monitoramento, tais como governança e investidores, bem como análises sobre como esses agentes se relacionam. São arquivos importantes que constam dos relatórios disponíveis no próprio site do Radar Agtech. Hoje, com um processo de verificação mais complexo, os números mostram uma clara evolução e amadurecimento nesse período de 6 anos”.
Foram exibidos vários slides ilustrativos, mostrando evolução dos números monitorados, com indicadores por região, por exemplo. Aurélio também explicou a divisão por segmentos das startups, com agtechs classificadas num sistema batizado como antes – dentro e depois da fazenda, assim denominadas de acordo com o momento de sua atuação na cadeia produtiva. Para Aurélio, houve um amadurecimento dos ecossistemas de inovação, mostrando que, pela primeira vez, há mais startups “dentro da fazenda”.
A abrangência e minúcia dos dados impressionou a plateia presente ao evento, que aproveitou para esclarecer alguns pontos com Aurélio e Vitor, sempre muito solícitos.
Uma ferramenta valiosa, ao alcance de todos e sempre atualizada
Ao fim, ficou claro a relevância e respaldo científico do Radar Agtech. Trata-se de um instrumento que traz dados sobre perfil, segmento, área de atuação e localização das agtechs, foodtechs, ambientes de inovação e investidores; suas demandas e percepções sobre os seus desafios e oportunidades de melhoria do ecossistema. É um guia valioso que amplia as oportunidades para o agronegócio brasileiro ser cada vez mais competitivo.
É capaz de ajudar quem busca produtos e serviços a encontrar soluções inovadores. Pode subsidiar ações de prospecção de parcerias e embasar tomadas de decisão nas diversas esferas dos ecossistemas de inovação. Também direciona a construção de políticas públicas e projeta globalmente o setor de agtechs do país.

Por Marcelo Sá – jornalista/editor e produtor literário (MTb13.9290) marcelosa@sna.agr.br