Autoridades, pesquisadores, dirigentes e representantes de entidades e o público prestigiaram as comemorações do Dia Mundial da Alimentação na quarta-feira, 16 de outubro, na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado São Paulo. O ponto alto do evento foi o lançamento do livro “Ações para o desenvolvimento da Agricultura Orgânica em São Paulo”, parceria da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A obra contou com a coordenação e organização de Sylvia Wachsner e Maria Chan, ambas da SNA, e autoria conjunta das pesquisadoras do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) Maria Célia Souza, Soraia de Fátima Ramos, Ana Victória Monteiro, Malimiria Otani e Renata Sampaio e da professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) Maria Sylvia Saes.
Segundo Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos da SNA, o livro mostra o retrato das transformações ocorridas no mercado de orgânicos e teve como ponto de partida o workshop realizado em 2012, iniciativa do IEA e do CI Orgânicos da SNA, com apoio do Sebrae e da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag). De acordo com ela, o livro é resultado de discussões entre representantes de diversos órgãos e reflete o sucesso da parceria entre a SNA e o Sebrae.
Mônika Bergamaschi, secretária de Agricultura de São Paulo, destacou o lançamento do livro Ações para o desenvolvimento da Agricultura Orgânica em São Paulo. “A obra vem somar ao Projeto São Paulo Orgânico, lançado este ano pela secretaria da Agricultura”, disse.
A secretária comentou que 850 milhões de pessoas passam fome no mundo, segundo estimativas. “Também temos fome no Brasil. Aqui tem alimento disponível, mas falta renda para ele ser acessado”, destacou e lembrou que 30% de tudo que colhido no País é desperdiçado.
OS NÚMEROS DO SETOR
Segundo números do Ministério da Agricultura, divulgado em 2012, o Brasil possui 11,5 mil unidades de produção controladas ligadas ao sistema de agricultura orgânica, entre propriedades rurais e estabelecimentos de processamento. A área total do país com certificação orgânica corresponde a 1,5 milhão de hectares, destaque para Mato Grosso,com 622.800 hectares, e Pará, com 602.600 hectares.
Dados do Departamento de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) revelam que na região do Mato Grosso a carne bovina e a castanha-do-brasil são os produtos orgânicos mais representativos. Já no Pará, o cacau, o dendê, o açaí e a castanha-do-brasil são os principais destaques. O País conta com aproximadamente 11.500 propriedades certificadas que produzem alimentos orgânicos no Brasil e 70% destas pertencem a agricultores familiares. Cerca de 4% do consumo mundial é de produtos orgânicos de origem brasileira.
Segundo o Ministério da Agricultura, as vendas mundiais de produtos orgânicos saltaram de US$ 10 bilhões, em 1997, para cerca de US$ 60 bilhões, em 2011. Números da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) revelam que o mercado brasileiro de orgânicos cresceu de US$ 60 milhões, em 1998, para US$ 200 milhões, em 2011.
Durante as comemorações do Dia Mundial da Alimentação também foi realizada a posse dos conselheiros e suplentes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), o lançamento do livro Melhor Alimento para a Melhor Idade, da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), e a entrega do Prêmio Josué de Castro, que destacou projetos de incentivo ao combate à fome e a promoção da segurança alimentar e nutricional.
Para baixar o pdf do livro Ações para o desenvolvimento da Agricultura Orgânica em São Paulo acesse: http://www.iea.sp.gov.br/out/livro-organico.pdf.
POR EQUIPE SNA/SP