SNA digital realiza webinar sobre inovação e desenvolvimento sustentável

Conectividade no campo foi um dos temas debatidos na videoconferência. Foto: Pixabay

A implementação de inovações no agronegócio brasileiro tem contribuído, em grande escala, com a produtividade e a sustentabilidade do setor. Nesse contexto, muitas empresas buscam soluções baseadas em inovação, tecnologia e agregação de valor, com foco no desenvolvimento sustentável, e que possam garantir competitividade.

Para debater essas questões, a Faculdade SNA Digital, em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), realizou no dia 6 de julho uma videoconferência sobre o tema Desenvolvimento Sustentável e Inovação – Perspectivas pela Ótica do Agro e do Comércio Exterior. O evento foi mediado por Miguel Lins, vice-presidente da Funcex.

Na ocasião, Rui Otavio Andrade, membro da diretoria da SNA, ressaltou que o encontro foi organizado com o intuito de promover um debate introdutório para os cursos de educação a distância e graduação tecnológica que a SNA Digital irá oferecer, a partir de agosto, nas áreas de Gestão do Agronegócio, Comércio Exterior e Gestão Ambiental.

Propósito sustentável

Ao falar sobre sustentabilidade e perspectivas na ótica dos empresários do agro, Caio Nabuco, fundador da Afrinvest Global LLC, enfatizou a importância da agregação de valor e dos investimentos em branding (gestão de marcas).

A empresa em questão criou uma marca mundial de açaí, com propósito sustentável, e que conta com pontos de venda no Brasil e em países como Emirados Árabes, México e Austrália. A ideia é garantir, para cada dez litros de açaí vendido, o plantio de uma árvore na floresta amazônica.

Além de exportar, a empresa reúne esforços para abrir novos mercados, com foco na internacionalização. Neste caso, a Índia será a próxima etapa de expansão.

Empresas globais

“Vários países do mundo já oferecem um pouco de acesso a linhas de crédito para que companhias se tornem globais, e creio que o governo brasileiro já esteja analisando essa questão. Estar presente em feiras e apresentar produtos no exterior são fatores importantes para a internacionalização”, destacou Nabuco.

“Se o empresário brasileiro recebe ajuda por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), de feiras, órgãos bilaterais, entre outros, pode se tornar um grande exportador com alto valor agregado. É preciso investimento e apoio”, disse o executivo.

Democratização

Junto à agregação de valor, a democratização da tecnologia é também uma condição para a garantia da competitividade, afirmou Alex Freitas, responsável pelo segmento Inovação e Tecnologia da Funcex.

“Com muito investimento na área de pesquisa e desenvolvimento, precisamos levar essa tecnologia para o pequeno e médio produtor, para as pequenas empresas de distribuição, para os pequenos armazéns”.

Conectividade

Nesse contexto, Freitas também falou sobre conectividade no meio rural. Segundo ele, há uma necessidade de se implementar serviços que possam levar um sinal de qualidade ao campo.

“O 5 G irá permitir soluções de gestão da propriedade em tempo real”, destacou o especialista. “A via por onde se leva os serviços já está criada, mas precisamos dispor de serviços eficientes para a utilização desses recursos tecnológicos”.

Observações

Freitas defendeu ainda a otimização da logística no Brasil e a implementação de um marketplace, por meio da Internet das Coisas (IOT), para integrar os diversos segmentos do agro. Por outro lado, criticou o baixo investimento para o desenvolvimento científico e a falta de divulgação a respeito das mais de 300 startups voltadas para o agro existentes no País.

Plano Safra

Presente à videoconferência, Guilherme Bastos, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, falou sobre o novo Plano Safra 2022/23, que destinou um volume de recursos de R$ 340.8 bilhões para o setor, e destacou as linhas criadas para financiamento nas áreas de sustentabilidade e inovação.

O Plano reserva R$ 6.19 bilhões para a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, para a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e para a adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção de recursos naturais, com taxas de juros de 7% e 8,5% ao ano.

O secretário do Mapa falou ainda sobre as linhas de custeio e investimento para a produção de alimentos e extrativismo no âmbito do Pronaf, Pronamp e Pronaf ABC+ Bioeconomia, e com relação ao programa Inovagro informou que foram destinados recursos da ordem de R$ 3.51 bilhões, com juros de 10,5% ao ano, para o incentivo à inovação tecnológica, às boas práticas agropecuárias, à gestão da propriedade e à conectividade no campo.

Acesse aqui a videoconferência.

Fonte: SNA Digital
Equipe SNA
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