“Os cortes orçamentários conduzidos recentemente pelo Ministério da Fazenda, nos dispêndios de todos os ministérios, poderia ter sido mais efetivo com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário e transferência de suas atribuições para o Ministério da Agricultura”. A afirmação foi feita pelo presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antonio Alvarenga.
Ele lembra que, neste momento de forte restrição monetária, o fato de o governo federal aumentar recursos para o setor agropecuário reconhece a importância do setor para a economia brasileira. “Afinal, o agronegócio está salvando a balança comercial do País e não vale a pena mexer em um time que está ganhando”, justifica.
No entanto, Alvarenga critica alguns privilégios concedidos: “Essa distinção entre agricultura e agricultura familiar é uma verdadeira aberração que só se justifica para acomodar grupos políticos e agradar determinados movimentos sociais (…) O que mais chama atenção é a existência de dois planos. É inexplicável distinguir plano da agricultura familiar e o da agricultura e pecuária. Será que os agricultores familiares não são considerados agricultores?”
Ele condena as políticas assistencialistas. “Ao contrário, é preciso estimular o espírito empreendedor dos micro e pequenos produtores, incentivando-os à adoção de modernas tecnologias, proporcionando-lhes condições de obter maior produtividade e inserção na economia de livre mercado”, sustenta.
“É plenamente justificável proporcionar aos pequenos agricultores, ou agricultores familiares, condições mais favoráveis de financiamento. No entanto, isto deveria ser feito dentro de um mesmo programa, válido para todo o setor agrícola e pecuário”, conclui o presidente da SNA.
Fonte: Agrolink