Cinco novos representantes do setor agropecuário brasileiro tomaram posse na Academia Nacional de Agricultura, durante solenidade realizada em comemoração aos 120 anos da SNA, na segunda-feira (23), na sede da instituição, no Rio de Janeiro.
Os novos membros são Alberto Werneck Figueiredo, diretor da SNA; Cesário Ramalho, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho); Francisco Turra, ex-ministro da Agricultura e presidente da Associação de Proteína Animal (ABPA); Maurílio Biagi Filho, vice-presidente da SNA; e o empresário Ronald Levinsohn.
Presidente da Academia Nacional de Agricultura e da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa de Carvalho, mais conhecido como Caio Carvalho, ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pela Sociedade Nacional de Agricultura, ao levar informação e conhecimento à população brasileira, valorizando, especialmente, o papel do agricultor para a produção de alimentos e, consequentemente, para a economia do país.
“Esta festa de 120 anos é muito marcante, porque a SNA, de fato, representa a bandeira do grande desenvolvimento do agronegócio no Brasil. Chegamos aonde chegamos sempre com a SNA ao lado”, comentou Carvalho, em entrevista à equipe SNA/RJ.
De acordo com ele, “a Academia Nacional de Agricultura, criada em 2003, e que tenho a honra de presidir, reúne pessoas relevantes, que têm história. É uma espécie de farol para o agro brasileiro, daquilo que a gente tem de defender”.
ALBERTO FIGUEIREDO
Diretor da SNA, Alberto Figueiredo ressaltou que a Sociedade Nacional de Agricultura é uma entidade suprapartidária, por não ter vínculos diretos, principalmente, com os sindicatos patronais e sindicatos dos trabalhadores.
“Ao contrário de uma divisão de classes, a Sociedade Nacional de Agricultura trabalha para aglutiná-las, assim como fez hoje (segunda, 23), reunindo diversos representantes do setor agropecuário em um mesmo local. E a Academia, comandada pelo presidente da Abag, também é composta por representantes das mais variadas instituições vinculadas ao agro brasileiro”, comentou o diretor, em entrevista à equipe SNA/RJ.
Ele ainda afirmou que dedicará essa cadeira a todos os produtores rurais do Brasil, “àqueles que garantem o pão nosso de cada dia, o leite que nós tomamos, o couro do sapato que usamos e o algodão da roupa que vestimos”.
CESARIO RAMALHO
Vice-presidente da Abramilho e ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira por sete anos (de 2006 a 2013), Cesario Ramalho também se sentiu privilegiado ao ser convidado para assumir uma cadeira na Academia, principalmente por ela ter sido ocupada, até 2016, pelo ex-presidente da SRB Luiz Marcus Suplicy Hafers, falecido em agosto do ano passado.
“Em nome da minha história com o campo e das quatro gerações da minha família envolvidas com a agropecuária, eu me sinto honrado pelo convite recebido pela Academia da SNA, essa instituição que representa o agro muito bem, há 120 anos. É importante dizer que ela sempre apostou – e acertou – que nosso país seria, algum dia, um verdadeiro player na produção de alimentos para o mercado interno e para o mundo”, destacou Ramalho, que também preside o Conselho do Global Agribusiness Forum, em entrevista à equipe SNA/RJ.
“A SNA sempre teve esta visão global da agropecuária, que sai do imediatismo, que pensa no Brasil de hoje e no Brasil de amanhã”, reforçou o novo acadêmico Cesario Ramalho.
FRANCISCO TURRA
Para o presidente da ABPA, ex-ministro Francisco Turra, assumir uma cadeira na Academia Nacional de Agricultura “é um reconhecimento muito relevante e uma oportunidade para contribuirmos com o setor mais produtivo do Brasil: a agropecuária”.
“Tenho andado por vários países nos últimos anos e não me perguntam do petróleo e, sim, dos alimentos que vêm do nosso país. Tempos atrás, eu já havia dito que tudo que precisávamos sairia do campo, que o Brasil pode tudo, e isso vem se confirmando”, salientou o presidente da ABPA, durante seu discurso de posse.
Entre inúmeras atividades que acumula, atualmente, Turra também é vice-presidente da Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA) e diretor da Divisão de Produtos de Origem Animal do Departamento de Agronegócios, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deagro/Fiesp), entidade da qual também é membro do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag). Além de ministro da Agricultura, deputado estadual e deputado federal, ele já presidiu a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
MAURÍLIO BIAGI FILHO
Vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, o empresário Maurílio Biagi Filho destacou que, “depois do Banco do Brasil, acredito que a SNA seja a entidade mais longeva do país e que vem, em 120 anos de existência, representando tão bem nossa agropecuária”. “Esses 120 anos são uma marca que merece ser comemorada”, avaliou o executivo, em entrevista à equipe SNA/RJ.
Sobre sua posse como novo membro da Academia, ele ressaltou que, “obviamente, quando se recebe uma homenagem como essa, é porque você prestou algum serviço de relevância”. “Também tenho uma pequena folha de serviços prestados à agricultura, ao agronegócio brasileiro. Portanto, para mim, será um prazer ocupar uma dessas cadeiras”, ressaltou o vice-presidente da SNA, que, entre outras atividades profissionais exercidas em várias instituições voltadas ao agro, também presidente o Grupo Maubisa.
RONALDO LEVINSOHN
“Não esperava, depois de tantos anos de trabalho, ser agraciado com o convite para assumir uma das cadeiras da tão prestigiada Academia Nacional de Agricultura da SNA. Eu me sinto muito honrado por ter sido lembrado e espero poder contribuir com as atividades da instituição”, disse o empresário Ronald Levinsohn à equipe SNA/RJ, após ser empossado pelo presidente Caio Carvalho.
Baseado em sua experiência na vida rural, ele ressaltou, durante seu discurso de posse, que seu maior feito para o campo foi acreditar na viabilidade do Cerrado brasileiro, como um dos principais produtores de grãos do país e do mundo.
Atualmente, Levinsohn administra uma empresa holding com negócios nas áreas da construção civil e agricultura. Também é proprietário do Condomínio Estrondo, um grupo de fazendas na região baiana do município de Barreiras, um dos principais polos produtores de grãos e fibras do Brasil.
Por equipe SNA/RJ