Os métodos rápidos de análises laboratoriais especializadas são alternativa para ampliar a agilidade e reduzir os custos na avaliação da qualidade e na determinação de contaminantes nos grãos. O objetivo do evento foi apresentar as novas técnicas em avaliações rápidas, mais acessíveis e adequadas às demandas da cadeia produtiva.
Na programação houve a demonstração das aplicações práticas da espectroscopia por infravermelho próximo (NIRS) e NIRS associado a imagens hiperspectrais para analisar qualidade tecnológica e contaminantes em grãos. “O evento promoveu a interação das instituições que trabalham com equipamentos de espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS), pesquisadores da Embrapa e universidades, empresas produtoras destes equipamentos e usuários da tecnologia que avalia a qualidade e os contaminantes nos grãos”, disse a pesquisadora da Embrapa Trigo e coordenadora do evento, Casiane Tibola.
Segundo a pesquisadora, o evento possibilitou a troca de experiências entre os usuários da espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) com as empresas que investem ou querem aprimorar o investimento nesta tecnologia. A promoção foi da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Associação Brasileira de Pós Colheita (Abrapós) e a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). Veja mais aqui.
Exemplos práticos
O pesquisador da Embrapa Instrumentação Lucio de Castro Jorge abordou como vem sendo a aplicação de imagens hiperespectrais com drones usados para monitoramento de práticas agrícolas. De acordo com o pesquisador, a Embrapa tem um projeto em parceria com a iniciativa privada para desenvolver um hardware nesta área. Estamos embarcando inteligência nos drones para que seja possível com sensores especiais realizarmos a hiperspectropia, via NIR, durante o voo, disse. Com isso, é possível identificar vários parâmetros para a cultura em análise, desde aspectos fisiológicos, nutricionais, a infestação de pragas e doenças e até mesmo avaliação de produtividade. Hoje o modelo de referência utiliza a cultura do milho, mas já foram iniciados os estudos para soja e algodão.
Outro destaque na programação foi a apresentação do professor Carlos Augusto Mallmann, do Laboratório de Análise Micotoxicológicas (Lamic), da Universidade Federal de Santa Maria. O Laboratório participa de uma rede mundial que usa o NIR para monitorar micotoxinas em grãos e produtos derivados. Segundo o palestrante, a vantagem do NIR é a rapidez e a precisão nos resultados. Temos conseguido com o NIR ter um resultado real dos percentuais de micotoxinas nos lotes analisados, disse.
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