Setor florestal atinge US$ 4.2 bilhões em exportações

De janeiro a junho, os produtos da indústria de base florestal atingiram US$ 4.2 bilhões em exportações. O volume é 24,40% menor do que o mesmo período do ano passado, quando as comercializações com outros países atingiram US$ 5.5 bilhões. Os números foram divulgados pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

A maior queda foi registrada no principal produto, a celulose. A retração é de 29%. As vendas para o mercado externo totalizaram US$ 3.1 bilhões contra US$ 4.4 bilhões no ano passado.

Já as exportações de celulose em volume demonstraram avanço de 0,70% no período, somando 10.3 milhões de toneladas vendidas. A produção também cresceu mesmo com a pandemia. A alta foi de 5,10% entre janeiro e junho de 2020, com 10.3 milhões de toneladas.

Com relação ao papel, houve queda nas exportações de 6,90%, atingindo US$ 950 milhões. Em volume houve incremento de 2% na comercialização com outros países, chegando a 1.1 milhão de toneladas.

Na produção ganharam destaque o papel para fins sanitários (+5,10%), papel-cartão (+1,40%) e papel para embalagem (+2%). Já o volume de vendas domésticas foi de 2.4 milhões de toneladas.

Por fim, os painéis de madeira também registraram queda de 8,80%, com US$ 124 milhões. Em volume foram 580.000 m3 exportados e as vendas domésticas somaram 2.8 milhões de m3 (-10,9).

A China continuou como o principal destino da celulose, adquirindo US$ 1.4 bilhão do produto. A América Latina, por sua vez, é o destino com maior negociação para painéis de madeira (US$ 60 milhões) e papel (US$ 529 milhões).

O setor de árvores plantadas tem grande importância no agronegócio brasileiro, representando 8,20% das exportações.

“É de suma importância na questão ambiental, devido à origem renovável e seu pós-uso reciclável e biodegradável, e passou a ser ainda mais reconhecida como essencial para o dia a dia neste período de pandemia”, disse Paulo Hartung, presidente da Ibá.

O executivo acrescentou que, mesmo com a crise, “o setor conseguiu cuidar dos trabalhadores, manter empregos e renda, além de prosseguir com a fabricação da matéria-prima para itens indispensáveis”.

 

Agrolink

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