Setor de carne suína pede a governo para proteger país contra vírus

A indústria de carne suína do Brasil pediu ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para suspender temporariamente as importações de suínos vivos para reprodução, material genético e de plasma de suínos dos Estados Unidos, como uma maneira de proteger o Brasil do vírus da diarreia epidêmica suína (PEDV), que afeta o rebanho dos EUA desde maio de 2013.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) pediu a suspensão temporária das importações até que todas as dúvidas sejam esclarecidas, disse Rui Vargas, vice-presidente de Suínos da associação.

O ministério ainda está estudando o pedido da indústria de carne suína, de acordo com a divisão Defesa Agropecuária na quinta-feira. Uma reunião deve ser realizada na próxima semana em Cananeia (SP), onde o Mapa tem uma estação de quarentena, para decidir se é necessária uma proibição aos EUA.

Outra opção pode ser de continuar a permitir importações dos EUA, mas mantê-los em um novo armazém em Cananeia para suínos em quarentena, onde podem ser testados e liberados posteriormente. O ministério irá formar uma comissão com a Embrapa para sugerir medidas de biossegurança e preparar um plano de contingência no caso de a doença chegar ao Brasil.

Historicamente, o Brasil tem importado suínos vivos, material genético e plasma sanguíneo de suínos dos EUA. O plasma é adicionado para tornar certos insumos mais palatáveis para suínos, e pode ser a origem da contaminação na América do Norte. Suínos vivos importados para o Brasil já estão em quarentena por 60 dias após a chegada.

A indústria de carne suína do Brasil tem crescido cada vez mais e está ansiosa sobre o dano potencial de uma epidemia PEDV após a chegada do vírus em países como Peru, Colômbia e República Dominicana, longe das fronteiras dos EUA, além de seus vizinhos afetados, Canadá e México.

Fonte: Pork World

 

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