Seringueiras podem recuperar áreas degradadas no RJ

Um projeto da Pesagro-Rio, empresa de pesquisa agropecuária vinculada à secretaria estadual de Agricultura, de plantio de seringueira consorciado com árvores nativas, pode ser um grande aliado no cumprimento das metas de sequestro de carbono acordadas pelos órgãos ambientais para os Jogos de 2016.

A iniciativa, que integra o Rio Látex, programa visando a criação de agroflorestas para produzir matéria prima industrial e gerar renda a pequenos produtores rurais, prevê a produção dessas árvores em cinco mil hectares de áreas degradadas do interior fluminense.

De acordo com o pesquisador e coordenador do programa de Heveicultura da Pesagro-Rio, Aldo Bezerra, o custo para a implantação do projeto pode chegar a R$ 100 milhões.

– A idéia é buscar na iniciativa privada o patrocínio para a viabilização dessas florestas. O plantio e manutenção até o segundo ano envolvem recursos da ordem de R$ 20 mil por hectare. Para isso já temos uma rede de jardins clonais com 20 mil plantas matrizes, distribuídos nas Regiões das Baixadas Litorâneas, Norte, Noroeste, Médio Paraíba e Centro Sul Fluminense – explicou.

Ele acrescenta que com essa estrutura já é possível produzir de 300 a 400 mil mudas clonadas de seringueira no primeiro ano e, mais de 600 mil a partir do terceiro ano. O total é suficiente para o plantio de 1.200 hectares de seringais anualmente ou o dobro, quando consorciada com espécies nativas da Mata Atlântica .

Outra proposta relevante do projeto é a restauração de áreas degradadas com atividade agroflorestal de alta rentabilidade, gerando alternativa de renda para o homem do campo. Segundo levantamentos do IBGE, existem cerca de 700 mil hectares dessas áreas nas diversas regiões do estado.

Sob orientação do programa de Heveicultura da Pesagro-Rio já foram restauradas cerca de 600 hectares com o cultivo da seringueira “solteira” e consorciada em parceria com a iniciativa privada no Estado.

A seringueira começa a produzir a partir do sexto/sétimo ano de plantio, com período produtivo de 30 a 40 anos, dependendo do manejo do seringal. A Pesagro-Rio já dispõem de material genético (clones) recomendados para as diversas regiões do estado.

Fonte: Governo do Rio de Janeiro

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