Propriedade: o tamanho da propriedade pode variar desde 4 mil metros quadrados, até 30 mil metros quadrados, (3 hectares), que é o recomendável para até três pessoas envolvidas na produção.
Plantio: é necessário efetuar o plantio das amoreiras, cujas folhas são o único alimento do bicho-da-seda. A espécie mais indicada é a Morus alba , chamada amoreira branca. Em média, a vida útil da amoreira é de 20 anos, podendo chegar a 30. A amoreira branca, embora produza frutos, quando destinada à alimentação do bicho-da-seda, não alcança o ponto de frutificação, pois é podada entre sessenta e setenta dias.
Época de plantio: recomenda-se que o plantio seja realizado na entressafra, entre maio e agosto, já que no período de frio não há desenvolvimento das plantas. O primeiro corte das ramas pode ser feito a partir de seis meses.
Adubação: o sucesso da produção está inteiramente relacionado com a qualidade das amoreiras. Uma da maneiras de incrementar a qualidade é por meio da incorporação de adubo orgânico, que promove um aumento significativo na produção de massa verde (folhas das amoreiras).
Estrutura: a produção necessita de um barracão, onde serão depositadas as ramas da amoreira para alimentação das lagartas. O barracão deve ter em torno de 30 metros de comprimento por sete metros de largura, podendo variar de acordo com o tamanho da produção. As laterais precisam ser teladas com cortina avícola, para facilitar a ventilação.
Aquisição: o bicho-da-seda pode ser adquirido já na fase da lagarta. A indústria de fiação da seda realiza as duas primeiras fases de criação do bicho, sendo assim, o produtor já recebe as lagartas criadas com 7 dias.
Climatização: a temperatura ideal para produção dos ovos e lagartas, nas primeira e segunda idades, é de 26 graus, com umidade relativa do ar de 80 a 90%. A partir da terceira e quarta idades, de responsabilidade do produtor, recomenda-se temperatura de 24 graus e umidade de 70 a 75%.
Alimentação: Todos os dias o produtor deve recolher as ramas, preferencialmente nas horas mais frescas, para melhor conservação das folhas. Depois, as folhas precisam ser colocadas sobre esteiras, conhecidas como “camas de criação”, e as lagartas depositadas sobre essas “camas”.
Desenvolvimento: durante 6 a 7 dias (terceira idade) as lagartas se alimentam das folhas, depois disso, elas devem ser remanejadas para os chamados “bosques”, estruturas de papelão que servem para padronizar o formato dos casulos, onde o inseto irá sintetizar o fio aos 18 dias de vida (quarta idade).
Formação do casulo: depois de crescidas, as lagartas estão prontas para a metamorfose. Nesse momento, elas sintetizam, expelindo pela boca, as proteínas sericígena e fibroína, que darão origem ao casulo de seda. Dentro do casulo, a lagarta se transforma em crisálida, e durante 10 dias, sofre intensas transformações, adquirindo asas e aparelho reprodutor.
Retorno: a média de produção de casulos verdes varia entre 500 e 600 kg por hectare. Atualmente, o quilo do casulo pode ser vendido por aproximadamente R$15, gerando uma renda média mensal de R$ 7,5 mil.
Indústria: com 25 dias (quinta idade) os casulos já podem ser comercializados para a indústria.
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Fonte: Revista A Lavoura – Edição nº 702/2014