Conseguir uma produtividade de 1.300 kg de casulos de bicho da seda por hectare de amoreira e obter uma renda bruta média de R$ 27.157,00/hectare eram as principais metas de extensionistas e pesquisadores junto a um grupo de sericicultores que aceitaram o desafio de transformar suas propriedades em unidades de referência.
No entanto, esses resultados já foram superados e alguns produtores chegaram a alcançar a produtividade de 1.700 kg de casulos por hectare. Além disso, a assistência técnica contínua permitiu a produção de fios com mais qualidade pela indústria de seda.
Esses dados foram apresentados ao diretor de pesquisa do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Rafael Fuentes Llanillo, num documento que reúne informações sobre as últimas cinco safras da sericicultura no estado, divulgadas por uma equipe de representantes do Iapar, Fiação de Seda Bratac, Abraseda (Associação Brasileira da Seda) e Instituto Emater.
Durante o encontro, Renata Amano, presidente da Abraseda e diretora da Bratac, afirmou que a sericicultura precisa de incentivo tanto da extensão rural como da pesquisa. Para ela, esse apoio é fundamental para o aumento da produtividade e a introdução de inovações que possam modernizar o sistema de produção, com melhores resultados na eficiência da mão de obra e melhoria da renda dos agricultores.
Amano afirmou que a empresa tem interesse em ampliar o número de produtores no estado, pois a demanda pelo fio de seda produzido no Paraná é alta. Segundo a presidente da Abraseda, os compradores internacionais reconhecem a qualidade da seda produzida no estado.
Rafael Fuentes indicou a possibilidade de submissão de projetos junto à Fundação Araucária para as pesquisas necessárias à inovação. O diretor de pesquisa do Iapar também reforçou o apoio do instituto às ações visando ao crescimento e à modernização da cadeia produtiva.
A sericicultura tem grande importância para a economia de diversos municípios do Paraná. Segundo Oswaldo da Silva Pádua, coordenador de Sericicultura do Instituto Emater, a atividade é uma opção para o agricultor familiar, uma vez que se mostra economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta.
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