Secex: exportações de soja, milho e carnes em maio

Complexo Soja: exportações em maio caem 12% em volume e 24% em receita em relação a maio de 2018

As exportações brasileiras do complexo soja somaram 12.427 milhões de toneladas em maio, com receita de US$ 4.397 bilhões. Em relação a igual período de 2018, os embarques caíram 12,10% em volume e 24,2% em receita. Já em relação a abril, o volume aumentou 6,60% e a receita, 5,20%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Além da safra menor no Brasil, a demanda chinesa vinha fraca em virtude da peste suína africana e da possibilidade de um acordo comercial com os Estados Unidos. Contudo, em maio houve um impasse nas negociações entre China e EUA e os negócios no Brasil voltaram a ganhar força, auxiliados também por preços internacionais mais altos e pelo avanço do dólar.

No acumulado de 2019, o Brasil já exportou 45.451 milhões de toneladas de soja em grão, farelo e óleo, 4,70% acima de igual período do ano anterior. A receita obtida com as vendas externas do complexo nos cinco primeiros meses de 2019 somou US$ 16.44 bilhões, 5,30% menos do que de o período de janeiro a maio de 2018.

As exportações do grão somaram 10.526 milhões de toneladas em maio. Na comparação com igual período de 2018, quando foram embarcadas 12.353 milhões de toneladas, a queda foi de 14,80%. A receita com as vendas externas do grão atingiu a US$ 3.65 bilhões, com queda de 27% em relação a maio do ano passado (US$ 5,0 bilhões).

Na comparação com abril, quando foram embarcadas 10.069 milhões de toneladas, as exportações aumentaram 4,50% em volume. Em receita, o incremento foi de 1,30% em relação ao total de US$ 3.60 bilhões de abril. O preço médio do produto exportado foi de US$ 346,50/tonelada, contra US$ 404,60/tonelada em maio do ano passado e US$ 357,70/tonelada em abril.

No acumulado de 2019, foram exportadas 37.927 milhões de toneladas, 5,90% acima de igual período de 2018. A receita totalizou US$ 13.57 bilhões (-4,6%).

De farelo de soja, o volume exportado somou 1.648 milhão de toneladas, com queda de 0,30% em relação a maio de 2018, quando o Brasil exportou 1.652 milhão de toneladas. Em relação a abril, quando os embarques somaram 1.522 milhão de toneladas, houve um aumento de 8,20%.

A receita com a exportação em maio totalizou US$ 587.6 milhões, com baixa de 17,20% em relação aos US$ 709.9 milhões de igual período de 2018. Em relação ao mês anterior, quando o faturamento somou US$ 531.6 milhões, o aumento foi de 10,50%. O preço médio da tonelada foi de US$ 356,50, contra US$ 429,50 em maio de 2018 e US$ 349,10 em abril.

No acumulado deste ano, os embarques somaram 7.014 milhões de toneladas, praticamente estáveis em relação a igual período de 2018. A receita somou US$ 2.54 bilhões (-6,20%).

Em relação ao óleo de soja, as exportações em maio somaram 252.600 toneladas, com aumento de 103,90% em relação a igual mês de 2018, quando os embarques haviam totalizado 123.900 toneladas. Em relação a abril, quando foram embarcadas 67.300 toneladas, o aumento foi de 275,30%.

A receita referente às vendas externas somou US$ 161.6 milhões em maio. O aumento foi de 76,60% em relação a igual período do ano passado, quando a receita com a exportação havia totalizado US$ 91.5 milhões. Na comparação com abril, quando a receita foi de US$ 44.3 milhões, o aumento foi de 264,80%. O preço médio da tonelada foi de US$ 639,80, contra US$ 657,90 em abril e US$ 738,50 um ano antes.

No acumulado de 2019, as exportações totalizaram 510.200 toneladas, com queda de 10,50% na comparação com os primeiros cinco meses de 2018. A receita somou US$ 332.90 milhões (-21,80%).

Milho: exportações em maio disparam, com alta de 1.620% contra maio de 2018

As exportações brasileiras de milho dispararam em maio, tanto na comparação com maio do ano passado como em relação a abril. O País embarcou 979.300 toneladas no mês passado, 1.622% acima das 56.900 toneladas exportadas em maio de 2018 e 130% acima das 426.000 toneladas exportadas em abril, segundo dados da Secex.

O resultado reflete a valorização recente do dólar e também a alta dos contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) no último mês, sustentada pelo clima frio e úmido nos Estados Unidos, que comprometeu o plantio no país. Com isso, os preços domésticos subiram, estimulando a comercialização do cereal de verão e dos primeiros lotes de safrinha colhidos.

No acumulado do ano, o Brasil exportou 8.273 milhões de toneladas de milho – volume 63,70% superior as 5.053 milhões de toneladas embarcadas nos cinco primeiros meses de 2018.

A receita em maio totalizou US$ 174.7 milhões, contra US$ 9.4 milhões em maio do ano passado (aumento de 1.758%). Na comparação com abril, quando a receita atingiu a US$ 79.2 milhões, o aumento é menor, mas ainda expressivo, de 120,60%.

Entre janeiro e maio, os embarques de milho geraram uma receita total de US$ 1.476 bilhão – montante 83,60% superior ao faturamento de US$ 804.1 milhões registrado em igual intervalo de 2018. O preço médio do cereal exportado, considerando 22 dias úteis do mês passado, foi de US$ 178,40 a tonelada, 7,50% acima dos US$ 165,90 de maio de 2018, mas 4,10% inferior aos US$ 186,00 de abril.

Carnes: com peste suína na China, Brasil exporta mais proteína bovina, suína e de frango

A incidência da peste suína africana (PSA) na China contribuiu para impulsionar os embarques de carnes do Brasil no mês de maio em relação a igual período de 2018, tanto em volume quanto em faturamento. Segundo a Secex, as proteínas bovina, de frango e suína registraram aumentos entre 10% e 42% em volume e entre 10% e 58% em receita no mês passado em relação a maio de 2018.

Com milhões de suínos doentes descartados no continente asiático por causa da PSA, a tendência é de que os embarques continuem em alta ao longo do ano. Em comparação com abril deste ano também houve crescimento, principalmente em relação à carne suína brasileira.

As exportações de carne suína in natura alcançaram 58.100 toneladas, com aumento de 41,70% em relação as 41.000 toneladas embarcadas em maio de 2018 e de 13,92% maiores em relação as 51.000 toneladas exportadas em abril. A receita somou em maio US$ 131.6 milhões, com crescimento de 58,55% em relação ao mesmo mês do ano passado, de US$ 83 milhões, e 19,31% superior aos US$ 110.3 milhões de março.

O preço médio também foi impulsionado pela elevação na demanda externa e atingiu a US$ 2.265,30 a tonelada, com aumento de 11,86% na variação anual e de 4,77% em relação ao mês anterior.

Os embarques de carne bovina in natura somaram 121.000 toneladas, com crescimento de 33,70% em relação às 90.500 toneladas exportadas em maio do ano passado. Já em relação a abril, o volume representa um aumento de 10,20%. Em receita, foram obtidos US$ 470 milhões, com aumento de 23,85% em relação aos US$ 379.5 milhões de um ano antes e de 13,06% na variação mensal.

As exportações de carne de frango in natura totalizaram 345.900 toneladas – volume 9,95% superior do que as 314.600 toneladas vendidas em maio de 2018. Na variação mensal, houve alta de 10,83% em relação as 312.100 toneladas exportadas em abril. O faturamento somou US$ 588.3 milhões – 22,38% superior aos US$ 480.7 milhões registrados em igual período de 2018, e 17,85% maior em relação a receita de US$ 499.2 milhões de abril.

Acumulado

Nos cinco primeiros meses de 2019, as vendas de carne bovina totalizaram 567.200 toneladas, contra 479.600 toneladas em igual período do ano passado (+18,27%). Já a receita foi de US$ 2.143 bilhões este ano, montante 9,44% superior aos US$ 1.958 bilhão obtidos entre janeiro e maio de 2018.

As vendas externas de carne suína in natura aumentaram 17,98% em volume acumulado até maio, de 206.900 toneladas nos cinco primeiros meses de 2018 para 244.100 toneladas. Em receita, houve aumento de 12,71%, de US$ 455.6 milhões para US$ 513.5 milhões no período.

Também no acumulado do ano, as exportações de frango in natura aumentaram 11,94% em receita, atingindo a US$ 2.465 bilhões, contra US$ 2.202 bilhões nos primeiros cinco meses de 2018. Em volume, houve aumento de 23,31%, de 1.433 milhão de toneladas para 1.767 milhão de toneladas.

 

Broadcast Agro

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