Se Argentina não receber chuvas, safra de soja pode ser de 40 milhões de toneladas

A seca que está afetando as lavouras de soja na Argentina deve continuar nesta semana e, se as chuvas esperadas para a semana seguinte não chegarem, a safra poderia sofrer os efeitos e cair para 40 milhões de toneladas, disse Eduardo Sierra, o principal assessor climático da Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

Este número deixaria a produção do país, terceiro exportador mundial de soja, muito abaixo das 51 milhões de toneladas estimadas no último boletim da Bolsa, que já representaram queda em função de três meses de clima seco e altas temperaturas.

A soja é o principal cultivo da Argentina, que também é o maior exportador mundial de farelo, óleo e derivados, mas a grave seca fez com que sua área de plantio fosse a menor em uma década, segundo dados oficiais.

Há previsão de chuvas para este final de semana, e alguma ocorrência entre quinta e sexta-feira da próxima semana no centro agrícola do país. “Isso poderia conter o dano”, disse Sierra em entrevista para a Reuters. “Se não chover neste final de semana e na semana que vem, já estamos falando de 40 milhões de toneladas de soja”.

Segundo o boletim da Bolsa de Comércio de Rosário, o clima seco seguirá na região núcleo até meados de fevereiro, com temperaturas acima das normais. Alguns meteorologistas acreditam que, mesmo que a segunda metade de fevereiro seja mais úmida, o quadro não deve ser revertido.

 

Fonte: América Economia

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