Saldo comercial do agronegócio alcança US$ 7.79 bilhões em março

As exportações do agronegócio somaram US$ 9.08 bilhões, em março, registrando crescimento de 4,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 8.73 bilhões. As importações de produtos do agro alcançaram US$ 1.29 bilhão (6,9% abaixo de março de 2017). Como resultado, a Balança Comercial do setor registrou saldo positivo da ordem de US$ 7.79 bilhões.

Os produtos do agronegócio representaram 45,2% do total das vendas externas brasileiras no mês, com aumento de quase 2% de participação na comparação com o mês de março do ano passado.

Os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para o aumento das exportações do setor, com incremento de US$ 417.08 milhões, principalmente em função de produtos florestais, cujas vendas externas foram US$ 374.49 milhões superiores.

Ganharam destaque outros setores, como sucos (US$ 107.51 milhões); cereais, farinhas e preparações (US$ 93.55 milhões); fumo e seus produtos (US$ 78.84 milhões) e fibras e produtos têxteis (US$ 27.97 milhões).

Quanto ao valor exportado destacaram-se: complexo soja (44,3%), carnes (14,8%), produtos florestais (13,9%), complexo sucroalcooleiro (7,0%) e café (4,5%). Os cinco setores representam 84,4% das exportações do setor.

O complexo soja registrou montante de US$ 4.03 bilhões em exportações no mês, o que representou queda de 0,8% em relação a março/2017.

A redução na quantidade embarcada do grão (1,8%), aliada a um preço médio 1% inferior, resultou na redução, em valor, de 2,8%, passando de US$ 3.53 bilhões em março de 2017 para US$ 3.44 bilhões, disse o coordenador de Competitividade do Departamento de acesso a Mercados do Ministério da Agricultura, Luiz Fernando Wosch.

Já as exportações de farelo de soja registraram aumento de 16,8%, atingindo a US$ 507.14 milhões, enquanto as exportações de óleo de soja caíram 5,8%, totalizando US$ 84.47 milhões.

Recorde

As carnes ocuparam a segunda posição no ranking, alcançando US$ 1.34 bilhão, praticamente o mesmo valor registrado no mês em 2017. O principal produto do setor foi a carne bovina, cujo volume das vendas foi de US$ 591.97 milhões, recorde histórico para o mês de março.

Em relação ao mesmo mês em 2017, houve aumento de 22,1% das vendas, em função da ampliação da quantidade em 24,1%, que compensou a queda de 1,6% no preço.

As exportações de frango registraram queda de 9,7%, totalizando US$ 580.59 milhões. Além da redução do volume (1,6%), houve queda no preço médio do produto (8,2%). Também houve queda nas vendas de carne suína (23,4%), decorrentes tanto da retração na quantidade embarcada (7,8%), quanto do preço (16,9%).

Importações

As importações de produtos do agronegócio sofreram queda de US$ 96.09 milhões na comparação com março de 2017 e março de 2018. Os principais produtos adquiridos pelo Brasil foram: pescados (US$ 142.72 milhões); álcool etílico (US$ 135.19 milhões); trigo (US$ 87.73 milhões); papel (US$ 78.73 milhões) e vestuário e produtos têxteis de algodão (US$ 58.35 milhões).

Além dos pescados e do trigo, outros produtos que tiveram as maiores reduções em importações foram arroz (US$ 30.93 milhões); lácteos (US$ 22.53 milhões) e malte (US$ 15.24 milhões).

Destinos

A Ásia se manteve como principal região de destino das exportações do agronegócio, somando US$ 4.65 bilhões. A União Europeia ocupou a segunda posição no ranking de blocos econômicos e regiões geográficas de destino das vendas externas do agronegócio brasileiro no mês.

Houve crescimento de 22,9% nas vendas ao mercado, decorrentes, principalmente, do aumento nas exportações de celulose (+162,6%); soja em grãos (+59,7%); sucos de laranja (+38,8%); fumo não manufaturado (+120,2%) e farelo de soja (+12,9%).

Acumulado no ano

No acumulado do primeiro trimestre de 2018, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram US$ 21.47 bilhões, cifra que supera em 4,6% o resultado de igual período do ano passado, significando recorde para resultados de janeiro a março. A este acréscimo atribui-se o aumento de 6,7% na quantidade embarcada, uma vez que houve uma queda de 1,9% nos preços.

As importações recuaram 3,9% no trimestre, caindo de US$ 3.76 bilhões para US$ 3.61 bilhões, desempenho explicado, sobretudo, pela queda de 3,8% no volume, enquanto os preços registraram ligeiro decréscimo de 0,1%, segundo o coordenador Fernando Wosch.

Com isso, o superávit comercial do agronegócio aumentou de US$ 16.76 bilhões para US$ 17.86 bilhões, constituindo cifra recorde para períodos de janeiro-março.

Resultado em 12 meses

As exportações do agronegócio atingiram US$ 96.96 bilhões nos últimos 12 meses, apurados entre abril de 2017 e março deste ano. O número representa um aumento de 13,5% em relação aos US$ 85.42 bilhões exportados entre abril de 2016 e março de 2017.

O incremento das exportações ocorreu em função, principalmente, do aumento da quantidade exportada, que subiu 13%. Os preços das exportações aumentaram 0,5%.

As importações do agronegócio diminuíram de US$ 14.35 bilhões entre abril de 2016 e março de 2017 para US$ 14.01 bilhões entre abril de 2017 e março de 2018 (-2,4%). A queda de 9,6% nos preços dos produtos importados explica, em grande parte, a redução do valor das importações. O quantum importado, por outro lado, aumentou 8,0%.

O crescimento das exportações com concomitante redução das importações fez com que o saldo comercial do agronegócio aumentasse de US$ 71.07 bilhões registrados entre abril de 2016 e março de 2017 para US$ 82.96 bilhões entre abril de 2017 e março de 2018.

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio apurados em 12 meses foram: complexo soja (participação de 32,7% nas exportações do agronegócio); carnes (participação de 15,9%); produtos florestais (participação de 12,8%); complexo sucroalcooleiro (participação de 11,8%); e cereais, farinhas e preparações (participação de 5,8%).

O coordenador de Competitividade do Departamento de Acesso a Mercados do Mapa disse que na relação dos 20 maiores importadores do agronegócio, tiveram crescimento na aquisição de produtos brasileiros em percentuais acima de 30%: Egito (+ 92,4%; US$ 2.15 bilhões); Espanha (+ 49,7%; US$ 2.12 bilhões); Bangladesh (+ 41,3%; US$ 1.51 bilhão); Vietnã (+ 33,6%; US$ 1.46 bilhão); Emirados Árabes Unidos (+ 33,5%; US$ 1.76 bilhão); e Hong Kong (+ 31,1%; US$ 2.67 bilhões).

 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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