As exportações de soja do Brasil deverão repetir no ano comercial 2019/20, que vai de fevereiro de 2019 a janeiro de 2020, os mesmos 79 milhões de toneladas do ciclo anterior, um volume recorde. A estimativa é da Safras & Mercado.
“Sem um acordo entre Estados Unidos e China, as exportações brasileiras de soja devem continuar muito fortes na nova temporada (safra 2018/19). Isso irá ‘enxugar’ a oferta do mercado interno, apertando os estoques, mesmo com a tendência de uma nova safra recorde”, indicou em nota o analista Luiz Fernando Roque, se referindo à temporada em fase de plantio.
A disputa comercial entre EUA e China se acentuou neste ano, desembocando na aplicação por Pequim de uma taxa de 25% sobre a soja norte-americana. A medida levou importadores chineses a intensificarem as compras da oleaginosa do Brasil, o maior exportador global da commodity.
Segundo a Safras, em meio à forte demanda chinesa, os estoques finais do Brasil em 2019/20 deverão cair 31%, para 98.000 toneladas, volume ínfimo perto do tamanho da safra brasileira, projetada na temporada que está sendo semeada em cerca de 120 milhões de toneladas.
A consultoria estima ainda um esmagamento de 40 milhões de toneladas de soja no ano comercial 2019/20 e de 41.8 milhões de toneladas em 2018/19, representando queda de 4% entre uma temporada e outra.
Derivados
De acordo com a Safras, a estimativa de produção de farelo de soja é de 30.47 milhões de toneladas em 2019/20 – 4% menor na comparação anual. As exportações do derivado deverão cair 22%, para 13.5 milhões de toneladas.
A produção de óleo de soja deverá ficar em 7.96 milhões de toneladas, enquanto as exportações do produto, em 620.000 toneladas, informou a Safras.
Fonte: Reuters