O mercado brasileiro de algodão apresentou oferta disponível na maior parte das regiões do país. Os compradores têm buscado oportunidades.
“Os compradores querem preços mais baixos do que a maior parte das tradings têm pedido, visto que os produtores estão menos propensos a flexibilizar oferta devido aos seus preços mais altos”, disse o analista de Safras & Mercado, Cezar Marques.
Os negócios futuros, em virtude da queda na bolsa de Nova York e também da instabilidade do dólar, diminuíram para o segundo semestre. Os preços praticados até então para o mercado futuro foram mais baixos devido a maior disponibilidade de oferta para a próxima safra. Teoricamente, a maior quantidade de oferta disponível tende a pressionar os preços.
“A maior parte das grandes indústrias ainda está menos ativa dos que as pequenas e médias. As grandes possuem maior capacidade armazenamento do que as menores, o que faz com que optem por consumirem seu próprio estoque ao invés de irem a busca de novos negócios”, disse.
No CIF de São Paulo, a pluma está sendo indicada a R$ 2,70 centavos/libra-peso. Quando comparado ao mês anterior, apresenta queda de 0,74% Em relação ao ano anterior, a alta é de 10,20%.
A área total plantada com algodão nos Estados Unidos em 2017 deverá ocupar 12.233 milhões de acres. A estimativa é do relatório de intenção de plantio do USDA. O número representa um avanço de 21% na área frente a 2016, quando foram cultivados 10.074 milhões de acres.
Contando apenas o algodão upland, a área deve chegar a 12.001 milhões de acres, aumento de 21% em relação a 2016, quando somou 9.880 milhões. Já a área do algodão pima deve registrar avanço de 19%, atingindo 232.000 acres. Em 2016 foram 194.500 acres. Os cotonicultores irão avançar a área em quase todos os Estados produtores. A exceção será o estado da Flórida.
Fonte: Dylan Della Pasqua/Agência Safras