Safras & Mercado: Carnes – Coluna semanal de 23 a 27 de maio de 2016

Preços do boi gordo sobem com menor oferta

O mercado de boi gordo operou com preços mais altos nesta semana no Brasil. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, “A oferta de animais terminados diminuiu em todo o Centro-Sul, puxando os preços para cima”.

A perspectiva é de novas valorizações durante a primeira quinzena de junho, período que conta com maior apelo ao consumo. Os frigoríficos em geral ainda contam com um bom posicionamento de suas escalas de abate, entre quatro e cinco dias úteis. “Resta saber como se comportará a oferta no decorrer do inverno, que conta com a incidência de frentes frias que podem provocar a deterioração das pastagens”, assinalou Iglesias.

A média de preços da arroba do boi gordo nas principais praças de comercialização do país ficou assim nesta semana:

*São Paulo – R$ 155,00 a arroba, contra R$ 154,41 a arroba na semana passada.

*Goiás – R$ 138,80 a arroba, contra R$ 136,00 a arroba.

*Minas Gerais – R$ 140,50 a arroba, contra R$ 140,00 a arroba.

*Mato Grosso do Sul – R$ 140,10 a arroba, contra R$ 139,33 a arroba.

*Mato Grosso – R$ 134,16 a arroba, estável.

Segundo a Secex, as exportações somam 70.000 toneladas em maio.

As exportações de carne bovina do Brasil renderam US$ 271.70 milhões nos primeiros 15 dias úteis de maio, com média diária de US$ 18.1 milhões. A quantidade total exportada pelo País chegou a 70.300 toneladas, com média diária de 4.700 toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 3.863,80.

Na comparação com a média diária de abril, houve uma alta de 6,8% no valor médio exportado, uma elevação de 8,2% na quantidade e uma queda de 1,4% no preço médio. Na comparação com maio de 2015, houve avanço de 3,8% no valor total exportado, ganho de 10,5% na quantidade total e desvalorização de 6,1% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fábio Rübenich/Agência Safras

Preços do frango devem subir na 1ª quinzena de junho

O mercado brasileiro de frango apresentou preços acomodados ao longo da semana. A perspectiva é por reajustes dos preços do frango vivo ao longo da primeira quinzena de junho, período que conta com maior apelo ao consumo. A avaliação é do analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

“Vale salientar que esta alta é bastante necessária para o setor, considerando o elevado custo de produção ao longo do primeiro semestre. Esta situação é um desdobramento da exacerbada alta dos preços do farelo de soja e também do milho”, afirmou o analista.

Os avicultores seguem operando com margens negativas em 2016, portanto novos reajustes são essenciais para equilibrar as receitas da atividade. As exportações permanecem em excelente nível, situação que ajuda na regulação do mercado interno. Considerando que quanto maior o volume de embarques, menor é a disponibilidade interna.

As exportações de carne de frango do Brasil renderam US$ 374.1 milhões nos 15 primeiros dias úteis de maio, com média diária de US$ 24.9 milhões. A quantidade total exportada pelo País chegou a 252.800 toneladas, com média diária de 16.900 toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.479,50.

Na comparação com a média diária de abril, houve uma queda de 6,5% no valor médio exportado, uma retração de 11% na quantidade e uma alta de 5% no preço médio. Em relação a maio de 2015, houve alta de 0,7% no valor total exportado, ganho de 15,5% na quantidade total e desvalorização de 12,8% no preço médio.

Dylan Della Pasqua/Agência Safras

Preços do suíno dão sinais de recuperação no Brasil

Após um primeiro quadrimestre bastante complicado, o mercado brasileiro de suínos começa a apresentar sinais de recuperação. O mercado interno aquecido, somado aos excelentes resultados das exportações, tem contribuindo para a redução dos estoques, gerando espaço para alta das cotações no decorrer do mês de maio. A avaliação é do analista de Safras & Mercado, Allan Maia.

“Novos reajustes são essenciais para amenizar os custos e trazer rentabilidade para atividade. Apesar das altas registradas ao longo do mês, suinocultores trabalham ainda com margens apertadas e em muitos casos negativas”, explica o analista.

O principal componente utilizado na ração animal, o milho, segue com oferta restrita em todo o território nacional, o que deixa a cotação em patamares recordes.

A perspectiva para as próximas semanas é de continuidade do movimento de alta, uma vez que o apelo ao consumo tende a ser maio durante a primeira quinzena de junho. O frio intenso na região Centro-Sul deve favorecer também a demanda no período.

As exportações de carne suína do Brasil renderam US$ 80.2 milhões nos primeiros 15 dias úteis de maio, com média diária de US$ 5.3 milhões. A quantidade total exportada pelo País no período chegou a 39.100 toneladas, com média diária de 2.600 toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.051,70.

Na comparação com a média diária de abril, houve um ganho de 6,9% na receita, baixa de 1,5% no volume e alta de 8,6% no preço. Em relação a maio de 2015, ocorreu uma elevação de 2% na receita, ganho de 28% no volume e queda de 20,3% no preço.

Fonte: Dylan Della Pasqua/Agência Safras

 

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