Safra brasileira de café de 2017 é de 44.77 milhões de sacas

A produção de café do Brasil, estimada para a safra deste ano de 2017, deverá atingir o volume total de 44.77 milhões de sacas de 60 kg, numa área de cultivo de aproximadamente 2.21 milhões de hectares, dos quais 345.190 hectares estão em fase de formação e 1.86 milhão de hectares em efetiva produção.

Do volume previsto para a safra, a produção de café arábica corresponderá a 76,1%, ou seja, 34.07 milhões de sacas, e a de conilon a 10.71 milhões de sacas (23,9%). Assim, na safra brasileira deste ano, considerando o total estimado e respectiva área em produção, a produtividade deverá ser de 24,07 sacas por hectare em nível nacional.

Esses números constam do 3° Levantamento da Safra de Café de 2017 – setembro 2017, da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, que realiza quatro levantamentos a cada ano. O primeiro, que é feito nos meses de novembro e dezembro e divulgado em janeiro, retrata o período pós-florada do cafeeiro.

O segundo, realizado e divulgado no mês de maio, representa o período da pré-colheita. O terceiro, ora em destaque, foi realizado em agosto e está sendo divulgado em setembro, que é o período de plena colheita no país. O quarto levantamento é realizado e divulgado em dezembro e compreende o período pós-colheita, momento em que são corrigidos e consolidados todos os dados obtidos no campo.

O 3° Levantamento da Safra de Café de 2017 está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Segundo a Conab, o ranking dos seis principais produtores de café em 2017, em ordem decrescente, é o seguinte: Minas Gerais, em primeiro lugar, corresponde a 54%, Espírito Santo (20%), São Paulo (10%), Bahia (8%), Rondônia (4%) e Paraná, sexto estado produtor, com 3%.

Especificamente em relação a Minas Gerais, o estado deverá produzir 24.04 milhões de sacas de arábica e 334.100 sacas de conilon, totalizando 24.38 milhões de sacas, com produtividade de 24,93 sacas por hectare. Essa safra deverá ser 20,7% inferior à de 2016, que foi de 30.72 milhões de sacas, devido à bienalidade negativa.

Para o Espírito Santo, segundo maior produtor, estima-se que a produção em 2017 será de 8.8 milhões de sacas, das quais 5.9 milhões de sacas de conilon e 2.9 milhões de arábica, e a produtividade das lavouras deverá ser de 22,92 sacas por hectare. São Paulo, o terceiro no ranking, deverá colher 4.33 milhões de sacas (produtividade de 21,56 sacas por hectare).

Quanto à Bahia, quarto produtor, o levantamento da Conab estima que a produção será de 3.36 milhões de sacas e a produtividade de 23,73 sacas por hectare. E em Rondônia, quinto estado produtor, a colheita total será de 1.94 milhão de sacas, com produtividade de 26,10 sacas por hectare. E, por fim, o Estado do Paraná, sexto no ranking em destaque, deverá produzir 1.21 milhão de sacas com 26,26 sacas por hectare.

Análise de mercado

De acordo com as análises de mercado constantes do terceiro levantamento da safra de café, os números apurados e as estimativas apresentadas indicam que a produção brasileira de 2017 será inferior a de 2016, em torno de 12,8%, cujo volume colhido foi de 51.3 milhões sacas.

Tal decréscimo está sendo atribuído ao ciclo da atual safra, que é de bienalidade negativa na maior parte do país. Este fato justifica, em parte, a redução na produção do café arábica, o qual também foi afetado por clima desfavorável (seca, má-distribuição de chuvas e geada), além da ocorrência da infestação da broca-do-café em algumas regiões produtoras, notadamente em Minas Gerais.

Em contraponto, quanto ao café conilon, o clima foi mais favorável ao desenvolvimento da cultura e, como isso, os produtores dessa espécie deverão colher uma safra de cerca de 10.7 milhões de sacas, bem superior as 7.98 milhões de sacas do ano passado.

Assim, em razão da menor produção total deste ano (arábica e conilon), a tendência é que a oferta interna do produto ficará bastante ajustada para atender o consumo interno e externo, pois, frente a esses números, o que se vislumbra é que, pela segunda safra consecutiva, deverá ocorrer ligeira retração nas vendas para o mercado internacional.

 

Fonte: Embrapa

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