Safra 2016/17: Comercialização antecipada do café está mais adiantada neste ano

A comercialização antecipada da safra 2016/17 do café está mais adiantada neste ano. Em meio à expectativa de uma colheita maior no Brasil nesta temporada e com os bons preços futuros registrados nos últimos meses, os produtores brasileiros já comprometeram cerca de 20% da produção esperada, que começou a ser colhida há poucos dias. O levantamento é da consultoria Safras & Mercado.

“Normalmente, as vendas antecipadas começam mais ativamente neste mês de maio. No entanto, devemos entrar na nova safra com cerca de 20% a 25% do café já comercializado”, disse o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. Este levantamento mais recente da consultoria foi finalizado em 11 de abril.

Levando em conta as variedades do grão, a comercialização do arábica está bem mais avançada que a de robusta, são 21% de antecipação em negócios para a variedade mais produzida pelo Brasil, enquanto que na variedade predominante no Espírito Santo foram comprometidas apenas 15% da produção esperada.

A última estimativa de produção da Safras & Mercado aponta que a produção de café no Brasil nesta temporada deve totalizar 56.4 milhões de sacas de 60 kg. Considerando esse dado, já foram comprometidas 11.3 milhões de sacas de café da safra nova. Já a comercialização da temporada 2015/16 está em 92% da produção total estimada em 49.3 milhões de sacas.

Nos próximos dias, uma estimativa mais atualizada para o andamento da comercialização do grão será divulgada pela Safras. No entanto, segundo Barabach, os números não devem apresentar mudanças significativas uma vez que os vendedores passaram a retardar os negócios nas últimas semanas. “Muitos produtores já têm um bom volume de vendas antecipadas e está tranquilo. O preço para entrega futura também ficou mais baixo e isso também acaba deixando o vendedor mais na defensiva”, disse.

Alguns produtores fixaram vendas a termo na casa de R$ 560,00 a saca, chegando a R$ 600,00 a saca para os melhores tipos nos últimos meses. No entanto, por conta da volatilidade cambial, os preços perderam força e estão em cerca de R$ 480,00 a saca para entrega em setembro. “Isso não estimula novos negócios”, disse Barabach.

Fonte: Notícias Agrícolas

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