A BioTechnologies, uma empresa russa processadora de girassol, desenvolveu um processo para extrair proteína da chamada “torta de girassol”, um subproduto do óleo da planta que é vendido em pó.
As tortas contêm 39% de proteína, mas até agora a maioria das empresas tem explorado seus recursos em algumas aplicações comerciais limitadas, disse ao Food Navigator a diretora comercial da BioTechnologies Nikita Golikov.
Utilizando um processo de separação mecânica patenteada com membranas de ultra-filtração, desenvolvido pela empresa dinamarquesa Alfa Laval, a BioTechnologies pode extrair a proteína concentrada, fibra e polissacarídeos da torta de girassol.
“Nós podemos ter até 90% de concentração de proteína, mas era muito caro produzir, e 80% é mais efetivo economicamente”, disse Golikov. “Por meio da separação mecânica, nós tiramos a fibra, a gordura e os sacarídeos da proteína e concentramos o máximo de vitaminas, proteínas e energia no produto final”.
A primeira unidade de BioTechnologies na Sibéria tem capacidade de 6.000 toneladas por ano. A companhia também está construindo uma planta próxima à fronteira entre a Rússia e Bielorrússia que deve começar a produzir em 2019.
Vendida com o nome de SunProtein, a empresa exporta seu pó solúvel de proteína para a União Europeia, Canadá e Estados Unidos, concentrando seu uso em alimentos funcionais, nutrição em esportes e aplicações de panificação, relatou o Food Navigator.
O pó tem vida útil de 18 dias e está disponível em duas cores idênticas ao conteúdo nutricional. Golikov afirmou que o aminoácido de polvo é livre de lactose e melhor que a soja.
Fonte: Agrolink