Rússia libera fertilizante e preço cai

A Rússia voltou a liberar as exportações de nitrato de amônio (NAM), o que distensionou a oferta e fez os preços arrefecerem no mercado internacional, informou o portal especializado GlobalFert.

O país, que segue economicamente sancionado por diversas nações, havia anunciado no início de fevereiro de 2022 o bloqueio das exportações desse fertilizantes pelo prazo de dois meses, com a escusa, à época, de garantir aos agricultores locais um volume suficiente para o período de alto consumo.

“Com isso, no início de abril, a disponibilidade e os preços do fertilizante foram afetados, principalmente no mercado brasileiro, tendo em vista que 99,97% das importações de nitrato do Brasil provêm da Rússia”, relembrou a equipe do Globalfert.

Além desse cenário, complementaram os especialistas, desde meados de março, a guerra entre Rússia e Ucrânia vêm “impactando nos preços de transporte marítimo de cargas, devido ao aumento dos custos provocado pela alta dos preços dos combustíveis de navegação e do frete marítimo”.

“No Báltico, onde os custos já estavam altos com os problemas de logística decorrentes da pandemia, os preços subiram ainda mais com o conflito”.

Mudança de comportamento

O GlobalFert apontou que nas últimas semanas houve uma “mudança no comportamento da Rússia, o que levou a uma redução no preço dos fertilizantes no mercado internacional”.

Segundo o portal especializado, “no dia 1º de maio os bloqueios caíram e o país, com diversos problemas econômicos devido às sanções, voltou ao mercado em busca de compradores de fertilizantes, que são um dos poucos produtos que não foram sancionados”.

Para o GlobalFert, “essa medida tende a refletir no retorno da disponibilidade do nitrato no mercado nacional a partir de julho, assim como na diminuição dos preços”.

Entretanto, concluiu o portal, “o risco dessas negociações é que a Rússia só pode comercializar em rublos, moeda doméstica do país. Além disso, dificuldades em torno da logística podem levantar incertezas quanto ao sucesso das operações”.

 

 

Fonte: Agrolink

Equipe SNA

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