Rumo foca em crescimento de malha em Goiás e no Mato Grosso

Foto de Johannes Plenio na Unsplash

No evento Cosan Day, nesta terça-feira (12), o CEO da operadora de logística ferroviária Rumo, Beto Abreu, afirmou que foi concluído em julho o último trecho da ferrovia entre Rio Verde e Anápolis, em Goiás, que vai permitir conectar o Estado de São Paulo ao Maranhão. Esse trecho pertence à Malha Central, operada desde 2021 pela Rumo.

A primeira travessia deve ocorrer no final deste mês, com trem da Brado, de carga geral. “É momento histórico de ferrovia que começou a ser construída em 1987”, disse.

Segundo o executivo, ainda há muitas oportunidades de mercado nessa malha, com chance de crescimento de participação de mercado, atualmente em 25%, enquanto a Rumo opera com 40% a 50% em outras malhas.

Sobre a Malha Paulista, Abreu afirmou que a empresa tem 22% das obras entregues e está adimplente no contrato, tendo saído de 45 milhões de toneladas ao ano de capacidade em 2020 para as atuais 53 milhões de toneladas, e com previsão de atingir 75 milhões de toneladas ao final de todas as obras. “Não existe discussão de contrato com o governo, mas em um dos nove aditivos estamos vendo se podemos mudar investimentos”, disse o executivo.

Em Mato Grosso, a Rumo começou os primeiros 34 quilômetros da extensão de ferrovia em Lucas do Rio Verde e deve começar outros 150 quilômetros em 2024. “Em 2026, já queremos operar no terminal de Campo Verde, 200 quilômetros acima de Rondonópolis”, disse Abreu. “Esse projeto transforma a competitividade do agronegócio brasileiro”.

Sobre a Malha Oeste, Abreu afirmou que a empresa há dois anos tenta devolver a concessão e espera finalizar isso até o final do ano que vem. “Não queremos no nosso portfólio”, disse.

Na Malha Sul, que tem mais da metade dos 13.000 quilômetros de ferrovias operados pela empresa, a concessão vence em fevereiro de 2027, e a Rumo está discutindo termos com o governo para avaliar uma renovação, segundo o executivo.

A Rumo deve ampliar seu investimento neste ano, com projeção de atingir entre R$ 3.6 bilhões e R$ 3.8 bilhões, contra R$ R$ 2.7 bilhões em 2022.

A previsão também é atingir um Ebitda ajustado entre R$ 5.4 bilhões e R$ 5.7 bilhões, contra R$ 4.5 bilhões no ano passado.

Fonte: Valor
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