Especialistas da Universidade de Wageningen, na Holanda, afirmam que os robôs não irão substituir o produtor rural no futuro – pelo contrário, irão trabalhar em conjunto. O tema foi levantado em um intercâmbio de agricultores ingleses no país, realizado pelo Conselho de Desenvolvimento Agrícola e Hortícola (AHDB) da Holanda.
Segundo os idealizadores, os co-robôs serão capazes de desempenhar tarefas repetidas como enxertar mudas ou até mesmo realizar o armazenamento e interpretação de dados. Para Gracie Emeny, gerente de intercâmbio de conhecimento do AHDB, a tecnologia tem muito a acrescentar no desenvolvimento da produção agrícola, podendo resolver de forma simples os problemas de doenças e produtividade.
“Da tecnologia visual, como câmeras hiperespectrais que podem detectar doenças como botrítis e oídio dentro da colheita antes de serem visíveis ao olho humano, até mecânicas finas ou ‘mãos moles’ que podem enxertar e transplantar cultivos hortícolas delicados para ajudar em tarefas repetitivas, a tecnologia em desenvolvimento na Holanda tem enorme potencial para ajudar empresas do Reino Unido”, disse Emeny.
Segundo Erik Pekkeriet, gerente de desenvolvimento de Negócios, Agricultura, Robótica e Alimentação da Universidade de Wageningen, os co-robôs têm potencial para colaborar com a produção agrícola em todo o mundo, mas alerta para as dificuldades que ainda serão enfrentadas.
“Acredito que, no futuro, iremos robotizar totalmente as estufas comerciais. Porém, será uma luta difícil e mais difícil ainda será automatizar todas as tarefas pesadamente manuais em estufas”, afirmou.
Fonte: Agrolink