O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues tomou posse como presidente da Academia Nacional de Agricultura em cerimônia realizada na quinta-feira, 15 de agosto, na sede da Sociedade Nacional de Agricultura, no centro do Rio de Janeiro. Em seu discurso, Rodrigues garantiu que pretende levar as discussões da entidade a um patamar mais prático.
“É preciso estruturar mecanismos para agir de fato. Não dá mais para viver de diagnósticos, precisamos de propostas concretas e tópicas”, ressaltou ele, que também é diretor do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e embaixador especial da FAO para o cooperativismo internacional.
Na mesma noite, assumiram suas cadeiras na entidade a diretora-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, o diretor da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU), José Milton Dallari, o diretor de seguros do Grupo Segurador do Banco do Brasil e Mapfre, Luís Carlos Guedes Pinto, e o vice-presidente da FGV, Sergio Franklin Quintella.
A Academia Nacional de Agricultura é um fórum de discussões que, desde 2001, reúne personalidades do universo agrícola. Foi criada a partir do Conselho Superior da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), buscando congregar as filosofias de desenvolvimento do setor. Os 41 acadêmicos são produtores, autoridades políticas, pesquisadores e representantes de classe com sólida atuação na área.
Em razão de sua pluralidade, a Academia tem o status de órgão de consulta para o estabelecimento de políticas de fomento ao agronegócio. Seu novo presidente ressaltou que o objetivo é oferecer uma visão mais ampla e pró-ativa, que permita estruturar estratégias de ação a partir de uma série de parcerias.
“Muitas vezes, as discussões do setor não levam a lugar nenhum, os discursos não fecham e nada acontece. O que está em jogo, quando falamos em segurança alimentar, é algo muito maior que encher pratos de comida, é colaborar para que o mundo conquiste a paz”, declarou Roberto Rodrigues.
A visão é endossada pelo novo membro José Milton Dallari, que recebeu a medalha das mãos do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli. “A área pensante da agricultura brasileira pode contribuir para que tenhamos condições de alimentar o mundo. Não tenho dúvida de que, no futuro, a principal moeda de troca do Brasil no cenário internacional será o alimento”, salientou.
“A ideia de apresentar propostas para resolver obstáculos é muito positiva. Como representante da Unica, quero contribuir com informações sobre energia, tanto a humana, quanto a do combustível que produzimos”, garantiu Elizabeth Farina.
Já Sergio Franklin Quintella adiantou que pretende abraçar a causa da infraestrutura, área em que vem atuando há alguns anos. “Precisamos de uma logística de transportes eficiente para que as altas produtividades que registramos nas fazendas se reflitam no produto final”, observou.
Para Luís Carlos Guedes Pinto, o momento institucional vivido pela Academia Nacional de Agricultura é histórico. “Cumprimento a todos os diretores pela visão de torná-la um agente que se propõe a contribuir fortemente para o aperfeiçoamento das políticas que norteiam a produção brasileira”, afirmou ao receber a honraria das mãos do secretário de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro, Christino Áureo.
Durante a cerimônia de posse, o presidente da SNA, Antonio Alvarenga, explicou a plataforma de atuação da entidade e destacou a importância da atividade para o desenvolvimento do País. “Os produtores rurais são heróis de nossa economia. Trabalham duro e enfrentam dificuldades de toda ordem para fornecer alimentação para 200 milhões de brasileiros e ainda gerar excedentes exportáveis de US$ 100 bilhões por ano”, destacou Alvarenga.
De acordo com Alvarenga, o novo modelo da Academia expressa os anseios do setor produtivo, sobretudo em um ano em que o Brasil se prepara para colher a maior safra de sua história.
Por Equipe SNA/RJ
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