Estudo realizado pela Economática indica que, em 2016, o mercado de capitais no Brasil foi o que mais cresceu na América Latina. Os dados mostram que as 266 empresas de capital aberto no país somaram um valor de mercado de US$ 706,9 bilhões em torno de 56% a mais em comparação ao registrado no ano anterior.
“O mercado de capitais é extremamente importante para o desenvolvimento de quase todos os setores, incluindo a agricultura. Hoje, temos várias empresas do agronegócio de capital aberto, nas áreas de grãos, florestamento, carnes, etc. O investidor pode comprar uma ação de uma empresa do agronegócio e aplicar, por exemplo, na produção de grãos, celulose ou frango. Ele pode ser um ‘fazendeiro de papel’, ao adquirir uma carteira diversificada do agro.”
A declaração é do presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga, que participou, nos dias 8 e 9 de maio, da Rio Money Fair – A Feira do Dinheiro, promovida pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), no Centro de Convenções Bolsa do Rio.
Alvarenga foi um dos palestrantes do primeiro painel do evento, que abordou o tema “Infraestrutura Logística – O Papel do Mercado de Capitais”. Também estiveram presentes à ocasião Maurício Endo, sócio da KPMG; José Carlos Medaglia Filho, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e Carlos Antonio Rocca, pesquisador do Centro de Estudos do Instituto Ibmec.
Para o presidente da SNA, um dos entraves do agronegócio é a infraestrutura logística, que, segundo ele, ainda é bastante deficitária. “Mesmo assim, o produtor continua plantando, colhendo e produzindo riqueza para o Brasil”, complementa.
Ao posicionar o setor em meio à crise atual, Alvarenga afirma que, “apesar da economia brasileira estar em frangalhos, com um quadro de recessão prolongada e de forte desemprego, o agro continua com um bom índice de empregabilidade e atraindo investimentos”.
Ele destaca ainda que, no momento em que se comemora os 120 anos da SNA, “o maior presente a instituição recebeu foi o anúncio de uma supersafra recorde de 225 milhões de toneladas de grãos”.
OPORTUNIDADE
A Rio Money Fair reuniu, no centro da cidade, investidores individuais e institucionais, pequenos, médios e grandes empresários, bancos privados e de desenvolvimento. De acordo com Thomás Tosta de Sá, presidente do Ibmec, a feira foi uma oportunidade para pequenas, médias e grandes empresas – dos mais diversos setores da economia – encontrar os agentes de mercado.
“Esses profissionais orientam o público para a melhor escolha, diante de um amplo leque de veículos, às mais acessíveis e bem estruturadas fontes de recursos, além de mostrar aos participantes as melhores alternativas do mercado para poupar e investir seu dinheiro”.
TEMAS
Durante o evento, especialistas também debateram as perspectivas para o cenário econômico brasileiro em 2017; as privatizações e perspectivas para a energia no Brasil; os rumos do empreendedorismo; o cooperativismo de crédito e seus benefícios; a poupança previdenciária de longo prazo; oportunidades para grandes empresas, a importância da educação financeira para a consolidação do mercado de capitais brasileiro, entre outros assuntos.
Estiveram presentes autoridades das mais diferentes esferas governamentais e instituições de classe, entre elas, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira; o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal; o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, e o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio) e diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Paulo Protásio.
Por equipe SNA/RJ com informações de assessoria