Relatório Emater/RS

FRUTAS E OLERÍCOLAS

Citros

Com o final da colheita da bergamota Satsuma, a mais precoce das frutas cítricas, a colheita da bergamota Caí toma impulso no Vale do Caí, em especial nos municípios de Bom Princípio, Brochier, Pareci Novo e São Sebastião do Caí. Essa bergamota é a primeira do grupo das mediterrâneas a ser colhida, cujo grupo inclui ainda a Pareci e a Montenegrina. O preço médio recebido pelos citricultores por estas primeiras frutas de Caí está em R$ 26,50 a caixa de 25 kg. A bergamota Montenegrina é a mais tardia, e o raleio já está sendo finalizado. O raleio é a retirada de parte das frutas na planta, com o objetivo de evitar a alternância e propiciar um maior desenvolvimento para as frutas que ficam na árvore.

A lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, tem floração e produção durante todo o ano, sendo que atualmente está no auge da colheita do primeiro semestre. O preço recebido pelo citricultor está em média a R$18,00 por caixa de 25 kg.

Repolho

No geral, a cultura se desenvolve sem maiores problemas. No Vale do Caí, a fase é de desenvolvimento vegetativo e colheita. Conforme relato dos produtores, há pouca renovação e formação de novas áreas em função do baixo preço adquirido na última colheita. Apesar da qualidade satisfatória, o excesso de oferta ou a pouca demanda provoca a estagnação do preço e o acúmulo de produtos nas lavouras, inviabilizando a colheita. O preço médio varia de R$ 0,45 a R$ 0,55 a unidade.

CRIAÇÕES

Bovinocultura de leite

A produção leiteira apresentou pequena queda no volume de produção, devido principalmente ao fim de ciclo das pastagens de verão, diminuindo assim a oferta de forragens verdes, ou seja, estamos no período denominado “Vazio Forrageiro de Outono”, quando existe pouca oferta de pastagens cultivadas. Para reduzir este vazio forrageiro, além da perenização das pastagens, a semeadura das pastagens anuais de inverno pode ser antecipada para logo após a colheita das lavouras de verão, prática essa pouco realizada. Produtores que não fazem um planejamento forrageiro ao longo do ano enfrentam dificuldades em manter a oferta de alimento para o rebanho, o que traz como consequências a diminuição da produção e o aparecimento de leite LINA – Leite Instável Não Ácido.

A Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa no Rio Grande do Sul começou no dia 1º de maio e se estende até o dia 31. Após a imunização, que é obrigatória, o produtor ainda precisa comprovar a vacinação junto à Inspetoria da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), dentro dos prazos legais, apresentando a nota fiscal da compra e declarando o rebanho vacinado, por categoria e sexo.

Ovinocultura

Neste período do ano os produtores ainda estão envolvidos com a fase de reprodução dos rebanhos, que se aproxima do final. Também são preparadas as ovelhas prenhes, com tosquia pré-parto para retirar a lã em excesso próxima do úbere, para facilitar a primeira mamada dos cordeiros recém-nascidos. Os rebanhos apresentam boa condição nutricionais pois houve grande oferta de pastagens nativas e cultivadas durante a primavera/verão.

Outro problema que preocupa os criadores é a manqueira dos ovinos ou podridão dos cascos, que causa grandes prejuízos e exige monitoramento e controle permanente, principalmente nos períodos de umidade excessiva.

Piscicultura

Os piscicultores estão preparando os viveiros despescados durante a Semana Santa para o povoamento, através de correção de acidez e fertilização do solo ou alimentando os alevinos recém introduzidos. Enquanto isso, segue a encomenda de alevinos junto aos escritórios da Emater/RS-Ascar, com os produtores recebendo orientações técnicas sobre manejo e implantação de policultivo de carpas.

 

Fonte: Emater/RS

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