Reino Unido financia projeto inédito de exportação de castanhas da Amazônia e do Cerrado

O governo do Reino Unido já liberou 460 mil libras esterlinas (cerca de R$ 3.2 milhões pela taxa de câmbio atual) para promover um projeto inédito de exportação em escala de baru e castanha-do-pará, beneficiando 7.000 pequenos produtores na Amazônia e no Cerrado.

Os recursos estão sendo aplicados na capacitação em gestão, no acesso a mercados externos, no apoio logístico e na oferta de crédito para negócios comunitários. Até março de 2022, o projeto prevê que pelo menos 60 negócios comunitários na Amazônia e no Cerrado sejam beneficiários de serviços voltados à exportação.

Negócios comunitários na Amazônia e no Cerrado são caracterizados como pequenas e médias empresas de produtos da biodiversidade. São oriundos de cadeias produtivas de interesse econômico, social e cultural, articuladas por comunidades indígenas e tradicionais, ou formados por associações, cooperativas ou extrativistas sustentáveis. Entre esses destacam-se, dentre outros, o baru e a castanha-do-Pará.

Bioeconomia

Financiado pelo Reino Unido, o projeto está em implementação pela consultoria internacional Palladium e pelo Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus).

O embaixador britânico em Brasília, Peter Wilson, destacou o empenho do país na valorização estratégica do capital natural da Amazônia e do Cerrado como um caminho para tornar a economia brasileira mais competitiva. “A bioeconomia é um importante vetor de desenvolvimento econômico, social e ambiental”, disse Wilson.

“O governo do Reino Unido acredita no poder dos mercados globais para promover produtos livres de desmatamento ilegal, que respeitam e contribuem para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais e colaboram para o equilíbrio climático do planeta”.

Interesse

Segundo Aldo Labaki, diretor da Palladium no Brasil, os mercados internacionais estão cada vez mais interessados em produtos da biodiversidade brasileira.

“Há uma preocupação crescente por parte de consumidores sobre os impactos econômicos, sociais e ambientais gerados na produção de alimentos, o que já se traduz em um prêmio de preço nos mercados onde esses fatores são levados em consideração na decisão de compra”, afirmou Labaki.

 

 

Fonte: Valor

Equipe SNA

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